Quando Deus escolheu José para ser pai adotivo de Jesus, Ele queria que o menino tivesse uma referência de família, aqui na terra. E uma referência excelente, é claro, tal o valor que o Pai eterno dá à família e à figura do pai. José, da casa de Davi, não foi escolhido somente por isto. Ele tinha todas as qualidades para ser o pai de Jesus: homem temente a Deus, honesto, trabalhador, digno, carinhoso, extremamente religioso que colocava somente à sua confiança em Deus. Assumiu a situação mesmo antes de compreendê-la realmente, porque amava Maria com muito amor, respeito e sentimento de proteção.
O pai é importante na família porque seu exemplo, seu carinho, seu modo de ser vai influir grandemente na formação do caráter dos filhos.
Sabemos que há pais descompromissados, que abandonam mãe e filhos, sem contribuir com o seu amor, com o seu bom exemplo, com a sua responsabilidade.
Mas estamos falando não apenas do pai biológico, mas daquele pai amoroso, espelho do Pai do Céu, que gera, cria, educa, ama, ensina, está sempre presente na vida do filho.
Deus nos dá o Espírito Santo para que saibamos vencer os obstáculos que o mundo nos apresenta e que aparecem também quando não temos bons exemplos dentro do lar. Mas um pai afetuoso, enérgico, cuidadoso, honrado traz a presença do Espírito Santo na sua família porque ele é o amparo e a proteção de que a família necessita.
No mundo atual, cheio de consumismo, a mãe se vê na contingência de trabalhar fora para ajudar nas despesas da casa. Entretanto, a proteção, não a proteção financeira somente, mas a proteção moral, o apoio, a mão estendida do pai é imprescindível na vida de todo ser humano.
Hoje é difícil ser um verdadeiro pai. A sociedade tem valorizado muito pouco a família. Os pais, na ânsia de poder e riqueza, ou no afã de ganhar a vida para o sustento da família, se esquecem do sustento espiritual, do bom exemplo, do companheirismo, da austeridade, que, às vezes se faz necessário. Poucos são os pais que realmente dão uma educação viva e atuante no campo da fé aos seus filhos, dando o exemplo da participação dominical da missa e da vivência dos sacramentos. Os discursos emocionam, mas os exemplos dos pais carregam os filhos para o seio da vida comunitária, eclesial e religiosa da Igreja.
Que Deus abençoe os pais não apenas no dia que lhe é consagrado, mas em todos os dias de sua existência e os faça mudar a realidade, trazendo seus filhos para uma vida responsável e digna. Desta forma, os pais de amanhã serão mais presentes e o mundo será melhor. Que São José, pai nutrício de Jesus Cristo, abençoe a todos os nossos pais!
Por: Padre Wagner Augusto Portugal
Retirado de: http://catequisar.com.br/
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