O jovem sai de sena. Não é capaz de uma opção radical, de partilha e prefere se ajeitar no sistema capitalista envolvente. É o que acontece hoje numa economia centrada em atitudes egoístas, incapaz de práticas mais sociais e solidárias. Isto dificulta um desenvolvimento sustentável e de liberdade.
Seguir o caminho da verdadeira felicidade é não absolutizar as falsas seguranças, o poder, as riquezas passageiras, as posses e atitudes não condizentes com os princípios cristãos. Devemos até nos perguntar como nos posicionamos diante das riquezas e se só pensamos em prosperidade temporal.
Seguir Jesus Cristo significa não reter injustamente o salário dos trabalhadores, evitar o acúmulo injusto e a cobiça. Isto pode ser um desafio para quem é muito rico. Pode também não ser diferente para quem não tem muitos bens. Tudo depende do pulsar do coração humano.
A fortuna pode ser um incômodo para a pessoa entrar no Reino dos Céus (Mc 10, 23-25). Nem sempre ter muitos bens é sinal de bênção. Jesus chega a dizer que é muito difícil um rico entrar no Reino. Isto espanta inclusive os seus discípulos. O céu não se compra com riquezas materiais.
Encontra plena felicidade quem segue Jesus Cristo, mesmo que custe perseguições. Isto é sabedoria diante de Deus. É opção por caminhos que não tolhem a liberdade. O dinheiro, o poder e a riqueza esvaziam os seguidores do Mestre. Eles ocasionam insegurança, dependência, ganância e insensatez.
Por: DOM PAULO MENDES PEIXOTO
BISPO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP
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