Hora de ir para o deserto. É um momento fecundo em nosso retiro. Nesta oportunidade meus olhos contemplam ao longe um garotinho todo feliz ao brincar com sua pipa. Ele fita os olhos no horizonte e observa a direção do vento a fim de encontrar o melhor lugar e ali soltar todo o cordão da sua pipa.
Embora, sendo um menino, parece ele ser um mestre na arte da observação, um aprendiz da vida. Mal sabe ele que a vida requer destes momentos de pura observação. Muito provavelmente um dia ele se lembrará desta manhã, e compreenderá que em tudo precisamos tomar posses das lentes de um bom observador.
Embora, sendo um menino, parece ele ser um mestre na arte da observação, um aprendiz da vida. Mal sabe ele que a vida requer destes momentos de pura observação. Muito provavelmente um dia ele se lembrará desta manhã, e compreenderá que em tudo precisamos tomar posses das lentes de um bom observador.
Bem, esta cena me fez rezar. E rezando comecei a ser recordado por Deus, que somos como pipas em Suas mãos. Ora haveremos de ser puxados, ora soltos, tudo em vista do melhor lugar para alcançarmos a beleza das alturas, provocados pelo impulso do vento com que somos levados. Interessante é que como um “bom soltador de pipas”, o Mestre também observa a paisagem. Verifica as condições do lugar ,bem como também a estrutura da pipa. O seu maior desejo é que ela alcance a vocação que lhe está reservada.
Neste movimento muitas vezes o Bom Mestre precisará dar mais corda, soltar todo o barbante do carretel. Porém, precisará também trazer de volta pra si, soltar um pouco menos, diminuir o ritmo do movimento. Tudo isso por saber que é preciso ter maestria na arte de ser um “soltador de pipas”, para não estragá-la e comprometê-la...
Neste movimento muitas vezes o Bom Mestre precisará dar mais corda, soltar todo o barbante do carretel. Porém, precisará também trazer de volta pra si, soltar um pouco menos, diminuir o ritmo do movimento. Tudo isso por saber que é preciso ter maestria na arte de ser um “soltador de pipas”, para não estragá-la e comprometê-la...
Ah... se soubéssemos que para viver o que Deus tem nos preparado, precisamos algumas vezes viver semelhante processo de uma pipa nas mãos daquele garotinho:ser soltos, puxados, trazidos de volta, enfim, deixar-se ser conduzido... Não há beleza em deixar-se ser levado pelo vento sem que ninguém nos oriente e nos conduza. Neste sentido, que o Mestre nos tome, portanto, em Suas mãos e que nenhum vento, senão o Sopro do seu Amor nos faça chegar às alturas do seu Coração e do seu Santo Querer!
Por: Jerônimo Lauricio
Missionário e Seminarista da Comunidade Canção Nova.
Bacharel em Filosofia
Site: www.jeronimolauricio.com
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