O padeiro espanhol
Objetivo do tema: Crer e experimentar o amor pessoal e incondicional de Deus, que é nosso Pai.
Durante a guerra civil espanhola, muitos espanhóis emigraram para o México. Entre eles veio um jovem de 18 anos, Venâncio Fernandez. O único problema que Fernando não teve durante a penosa travessia foi ter que pagar excesso de bagagem. Trazia apenas duas camisas e uma calça remendada.
Chegou a Vera Cruz, onde começou a trabalhar em uma tenda de conterrâneos de um tio seu. Anos após, casou-se e montou uma padaria na cidade de Puebla. Com muito sacrifício, esforço e economias conseguiu juntar um pouco de capital e transferiu-se para a cidade do México com toda a sua família, onde continuou com seu trabalho de padeiro. As pessoas já não mais o chamavam “Venâncio”. Agora era “Senhor Venâncio”: pessoa honrada e respeitada que fumava um grosso charuto e poupava o máximo possível.
Ao completar 20 anos de sua chegada ao México, uma agência de viagens mostrou-lhe como seria econômico levar sua família até a Espanha de navio. Havia uma promoção especial para famílias e ele não podia perder esta oportunidade.
A esposa do Senhor Venâncio, que aproveitava todas as ofertas, convenceu seu marido a gastar algumas economias em uma tranquila excursão pela Espanha.
Entretanto o Senhor Venâncio pretendendo economizar o mais possível no trajeto marítimo, antes de embarcar em Vera Cruz fez, na sua padaria, alguns pães bastante grandes, comprou uns 15 quilos de queijo e embarcou rumo a terra de seus antepassados.
No primeiro dia, todos comeram, com satisfação, o pão fresquinho com fatias de queijo novinho. No dia seguinte, tão satisfeitos estavam que não fizeram qualquer restrição em repetir o mesmo cardápio de pão com queijo. Depois, comeram queijo com pão, e, depois ainda pão com queijo. No quinto dia, comeram pão, queijo e pão, e, no outro dia, pão e queijo. No fim da semana, seus rostos tinham uma cor amarelada de queijo. Ninguém chegava perto deles, crendo que estivessem com hepatite.
Por fim, no dia em que chegavam ao porto espanhol, deram-se conta de que o esforço para comer aquele pão mais os enfraquecia do que fortalecia. A esposa do senhor Venâncio convenceu-o, então, de que deveriam celebrar a sua chegada à Espanha com um jantar delicioso e farto no restaurante de primeira classe do navio. De uma coisa estavam certos; nessa noite não comeriam nem pão e nem queijo.
- Onde seria o restaurante da primeira classe? Perguntou o senhor Venâncio ao comandante da tripulação.
- Permita-me ver sua passagem – pediu o oficial.
- Puxa! – reagiu o senhor Venâncio. – Eu vou pagar, que para isso tenho me matado de trabalhar nesses vinte anos.
- Desculpe – respondeu o oficial. – Mas no restaurante de primeira classe só podem entrar passageiros com bilhete de primeira classe.
Com o mau humor característico de um espanhol quando é contrariado, e com o rosto ainda mais amarelo, o senhor Venâncio tirou do fundo do bolso uma passagem toda amarrotada, e que, ao ser desdobrada, soltou um forte cheiro de queijo.
O oficial leu-o lentamente: “Venâncio Fernández”.
E Depois, com uma cara de espanto, exclamou!
- Puxa! Senhor Venâncio, sua família tem uma passagem maravilhosa.
- Sua passagem inclui três refeições diárias no restaurante de primeira classe durante toda a viagem!
O mesmo acontece conosco, Cristo já pagou para que tenhamos direito a uma Vida Nova. Temos a “passagem” do Batismo bem guardado, e não vivemos como reis, sacerdotes e profetas, como deveríamos, e é a isso que essa passagem nos dá direito. Ao contrário, temos feito nossa parte: a mistura do pão duro da tristeza com o queijo da amargura e da monotonia, não aproveitando que Cristo já pagou por nós, com seu sangue precioso. E, o pior, é isso que damos à nossa família e a todos que nos rodeiam, ignorando o nosso bilhete formidável.
Nossas Considerações:
“Tudo que é meu, é teu…”
Simples assim… disse a seu filho mais velho o Pai do filho pródigo quando ele se recusava a entrar em casa quando seu irmão festejava seu retorno para a casa do Pai. Mas, qual era o motivo pelo qual o filho mais velho se recusava a festejar com seu irmão perdido?
- Ele respondeu: O Senhor jamais me deu um cabritinho sequer para que eu festejasse com meus amigos!
A quem pertencia este cabritinho?
- De acordo com a resposta do Pai no destaque acima, este “cabritinho” ou aquele Boi cevado, a casa e toda a propriedade pertenceria a seu filho mais velho e ele teria pleno poder de decisão sobre qualquer bem que ali existisse, e, neste caso ele poderia ter matado o cabritinho ou até mesmo aquele boi cevado para comemorar e se alegrar com seus amigos e ele nunca sequer teve coragem de tomar essa atitude ou de pedir a seu Pai que lhe concedesse essa graça e a pergunta que permanece no ar seria:
Por que o filho mais velho jamais usufruiu dos benefícios de seus bens materiais?
Ninguém saberia esta resposta, tanto porque, esta resposta não cabe ao filho mais velho pronuncia-la e sim a você!
Sim…
A você que vive triste e abatido, mendigando uma migalhinha de pão que cai da mesa de seu Senhor ou a você rico e poderoso que mesmo possuindo a melhor padaria da cidade jamais experimentou um pedaço de pão, ambos são iguais em um único ponto, a falta de pão em sua mesa, por motivos diferentes, mas o mesmo problema em comum.
Pelo primeiro ou pelo segundo motivo ambos os filhos precisavam do amor e da misericórdia de seu Pai para completarem o vazio e a necessidade que possuíam em suas vidas, assim como também na história do Padeiro Espanhol, mesmo ele comprando um pacote de viagem maravilhoso para sua Família não usufruiu de seus direitos por falta de conhecimento e por falta de generosidade para com sua Família e neste caso em particular o que mais lhe faltou foi mesmo a generosidade, pois se tivesse levado a sua Família ao restaurante de primeira classe no primeiro dia teria descoberto os seus direitos e os teria usufruído a viagem toda, sendo assim, precisamos abrir nossos olhos para entender o que Deus pede de nós ou simplesmente nos revela neste texto, para que possamos a partir de agora começar a usufruir os verdadeiros Dons de Deus em nossas vidas, sejam eles materiais ou espirituais, porque “Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.
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