domingo, 31 de maio de 2015

Adoração ao Santissimo Sacramento

Adoração ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO DA EUCARISTIA

1- Santo, Santo, Santo Jesus no Santíssimo Sacramento do altar. Sim, tu és Santo, três vezes Santo, Jesus. Tu Te ocultaste, silenciosamente, num pedacinho de pão. Faze-me compreender com o coração que estás aqui e eu me encontro na Tuapresença. Que estás aqui para mim e por causa de mim. Quero prostrar-me diante de Ti com todo o meu ser: minha alma, meu espírito e meu corpo!
Anjos e Santos todos, ficai comigo neste momento! Adoremos juntos o Senhor Jesus Cristo aqui presente. Também Tu, Maria, Mãe do meu Salvador e Mãe de todos os homens, fica comigo! Chamaste-me para esta adoração e me garantisteque não estaria sozinho diante de Teu Filho. Obri­gado por esta mensagem:

"Também nesta tarde, queridos filhos, es­tou particularmente reconhecida a vocês por te­rem vindo aqui. Adorem sem cessar o Santíssi­mo Sacramento do altar. Eu me encontro sempre presente quando os fiéis estão em adoração. Nestemomento se alcançam graças especiais" (15/03/1984).

Obrigado, Maria, pela Tua presença!
Como São Tomé, quero exclamar: "Meu Senhor meu Deus!". Não Te peço, Jesus, que me mostres as mãos e as feridas. Creio que estás aqui vivo e que Te encontras realmente presente, na plenitude da Tua vida e do Teu amor. Prostro-me di­ante de Ti e Te louvo em silêncio.

Fique em silêncio e medite.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.
Se houver oração comunitária, entoa-se um canto eucarístico de adoração.

2- Jesus, Tu és o meu Deus. Confesso-Te como a Luz e a Vida do mundo, a Fonte Inestancável da Santidade, já que és a própria santida­de. Permita que diante de Ti derrame o meu co­ração, pois Tu somente e ninguém mais tem di­reito à minha adoração. Neste momento deixo de lado todas as coisas, todas as pessoas, todas as preocupações. Alheio-me a tudo para Te ado­rar. Que meus pensamentos e sentimentos mer­gulhem profundamente em Ti.
Ó Maria, minha Mãe, sei que sou indigno de adorar Jesus. Agradeço-Te por estares aqui comigo, a fim de suprir a minha deficiência. Tu foste digna de adorá-Lo e amá-Lo como ninguém neste mundo, porque és Sua Mãe querida e fiel.Entrego-Te, pois, meu coração, para que, em mim e comigo Tu mesma adores Jesus. Consa­gro-Te minha família, meus amigos, minha co­munidade, minha gente e minha Igreja.
Ó minha Mãe, Te amo ilimitadamente e me ofereço a Ti. Por Tua bondade, Teu amor e Tua graça, salva-me! Quero ser teu! Amo-Te muito, muito, e desejo ser protegido por Ti. De coração Te suplico, Mãe de bondade, dá-me uma participação na Tua bondade, a fim de que eu possa amar cada pessoa como amaste Jesus Cristo! Que eu saiba ser agra­decido. Sou todo Teu, acompanha os meus passos. Tu, a cheia de graça. Amém.
Neste momento, Jesus, me consagrei a Tua Mãe, a fim de Te pertencer mais plenamente. Faze que eu seja todo Teu, como Ela foi Tua! Olha para o Seu amor! Como Ela Te amou, faze que, também, eu Te ame em todos os dias da minha vida! Afasta do meu coração qualquer sombra de egoísmo, de so­berba e de tudo o que me impede de Te amar pro­fundamente!

Fique em silêncio.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória., Canto Eucarístico.

3- Jesus, Tu me amaste até a morte e con­tinuas a me amar. Nasceste por mim, viveste por mim, e por mim também morreste e ressuscitas­te. Quando a morte estava prestes a Te separar de mim, o Teu amor foi engenhoso: inventaste um meio de permanecer comigo e para mim no Santíssimo Sacramento do altar. Sê louvado, Senhor, neste pão tão simples, nesta Hóstia tão pequenina! Sê louvado, Tu que mereces infinito louvor e glória!
Seja louvado e glorificado o Pai, que Te en­viou para Te doares a nós e por nós desta maneira! Seja louvado e glorificado o Espírito Santo, que neste momento, por intercessão de Maria, grita em mim: "Louvor e glória eternamente!"
Adoro-Te em cada igreja do mundo. Louvor e glória em cada uma das Hóstias!
 Seja louvado e glorificado em cada comunhão em que Te encontrei. Seja louvado e glorificado, tam­bém, por todos os encontros nos quais Te recebi sem refletir que estava recebendo a Ti, Deus Vivo e Verdadeiro. Seja louvado por todo o tempo que pas­sei Contigo até agora e que ainda passarei! Seja louvado e glorificado em todos aqueles que vivem no amor, porque Te recebem e são enriquecidos pelo Teu amor! Seja louvado, também, em todos os que Te es­quecem, em todos os que não Te adoram! Seja louva­do naqueles que Te são adversos ou Te perseguem! Seja louvado e glorificado naqueles que Te recebem sem pensar e sem viver na Tua presença, que vol­tam da comunhão e da missa como se não tivessem Te encontrado! Seja louvado e glorificado por estares vivo e presente, e por desejares dar amor e pleni­tude de vida a todos que estão a Teu redor.

Permaneça em silêncio e deixe que estas palavras produzam seu eco em você.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória,. Canto Eucarístico.

4- Concede-me, Senhor Jesus, nesta hora de adoração, dizer tudo no Teu Espírito! Que as minhas, não sejam palavras vazias! Inspira-me para compreender a Tua palavra, que pronunciaste para me atrair totalmente a Ti. Disseste ser o pão para anossa alma, para a nossa vida, para qualquer tipo de fome, mas em primeiro lugar para a fome de amor. Sacia a minha alma, Jesus, agora que Te es­tou adorando!

“Perguntaram eles: 'Que milagre vais fa­zer, para que vejamos e creiamos? Que podes fazer? Nossos pais comeram o maná do deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu'. Ao que Jesus respondeu: 'Eu vos afirmo, e esta é a verdade: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; Meu Pai é quem vos dá o verdadei­ro pão do céu; porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo'. Pediram-lhe: 'Senhor, dá-nos sempre deste pão!'.
Jesus lhes disse por fim: 'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim não terá mais sede” (Jo 6,30-35).
                                      
Estou encantado com estas palavras, que dissestes para mim também, Jesus. Eis-me aqui, sacia minha fome e minha sede! Estou sedento e faminto. Nenhuma outra coisa pode matar minha fome e minha sede, pois tudo é transitório, tudo é insuficiente. Obrigado por seres Tu a resposta à minha fome e à minha sede!

Fique em silêncio

Estou ajoelhado aqui, Jesus, em nome de to­dos os famintos e sedentos de verdade, de justiça, de amor, de reconciliação. Estou ajoelhado em nome de todas as crianças que anseiam pelo pão do amor materno e por um lar. Em nome de todos os sedentos, que buscam nos caminhos do mundo as bebidas que aturdem e embriagam e que levam, não à vida e, sim à morte. Ó Pão da vida eterna, estou aqui de joelhos em nome dos que se rebelam con­tra Ti, em nome dos que brigam e se guerriam, dos que se odeiam e se perseguem mutuamente, dos que se nutrem de inveja por causa do pão terreno! Manifesta-Te a eles, Jesus, como Pão Eterno do Céu! Faze que Te encontrem e sintam a Tua presença e parem de rolar pelo mundo, sucumbidos pelo mal e pelo pecado. Ó Jesus, Maná do Pai para, nós, nô­mades peregrinos deste mundo, também, Te peço pelos que têm fome do pão terreno, que trabalham mas não recebem o justo salário, porque são explo­rados pelos poderosos e pelos ricos.
Jesus, Ternura para o mundo, estou ajoelhado a Teus pés. Faze que meu coração mergulhe na Tua presença e que a Tua vida me absorva de tal maneira que também eu possa, de agora em diante, ser pão saboroso para os que Te procuram, e que nunca torne amargas a alguém as coisas que a vida lhe oferece! Que eu também, junto Contigo, me torne pão da vida.

Silêncio.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória, Canto Eucarístico.
5- Jesus, Pão de Vida, Vida do Mundo, Mis­tério Insondável, Palavra do Pai dirigida a todos nós, sinto-me feliz por estar Contigo. Neste mo­mento, quero meditar numa outra palavra Tua, que em certa oportunidade a Tua Mãe me recomendou:

"Ninguém pode servir a dois senhores, porque odiará a um e amará ao outro, ou se afeiçoará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
Por isso vos digo: não estejais preocupados em relação à vossa vida, com que haveis de comer (e beber), nem em relação ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Porventura não vale a vida mais que o alimento, e o corpo mais que a roupa? Olhai as aves que voam no céu: não se­meiam o grão, nem colhem, nem acumulam a colheita nos celeiros; pois o vosso Pai celeste lhes dá de comer. Acaso não valeis muito mais do que elas?
Quem dentre vós, à força de preocupa­ções, pode prolongar um pouco mais a sua pró­pria vida?
E quanto à roupa, por que vos preocupais? Observai como crescem as flores dos campos. Não se cansam em fiar para sua roupagem.
Mas eu vos digo que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como uma delas.
Se, então, Deus assim reveste a planta que hoje está no campo, mas amanhã é lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens pobres de fé?
Portanto, não vos preocupais dizendo: Que havemos de comer? Que havemos de be­ber? Com que havemos de nos vestir? São os pagãos que se preocupam com todas estas coi­sas. Ora, vosso Pai celeste bem sabe que preci­sais de tudo isto.
Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas a mais.
Não vos preocupeis, então, com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã trará consigo suas próprias preocupações. A cada dia bastam as suas penas" (Mt 6,24-34).

Silêncio.

Louvor e glória eternamente a Ti, meu Se­nhor, que me chamaste com estas palavras! Sim, tu és o meu Senhor e Mestre! Não há outros, nem desejo tê-los. Quero servir a Ti e a mais ninguém. Neste instante Te ofereço tudo o que me faz sofrer: preocupações, ansiedades, medos e desconfianças. É duro sentir-se acorrentado, algemado, preocupado e ansioso. Mas Tu, em Teu amor, me ofereces a liberdade dos pássaros e a beleza dos lírios...
Por causa das preocupações e planos pes­soais, não encontro tempo para os amigos, aliás, não encontro tempo para ninguém. Quem jamais me poderia fazer uma promessa tão grande como a Tua de cuidar de mim? Ó Deus, Tu queres que eu seja como uma criancinha da manhã à noite, que viva na alegria e no total abandono, sem qualquer preocupação.
Depois   de ler Tuas palavras, me pergunto se tudo isto é possível. Sim, com toda a certeza é possível, porque foste tu a afirmá-lo, Jesus. Mas só o compreenderei, cabalmente, quando fores tudo para mim e estiveres acima de tudo e de todos.
Como poderia não Te glorificar, ó Jesus?! Como não Te adorar?! Como não Te suplicar noite e dia?! Se isto é tão evidente, dá-me então a alegria de compreendê-Lo, de tal maneira a seres sempre o mais importante para mim!


Silêncio.

Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória,  Canto Eucarístico.

6- Jesus, que disseste ter vindo para os pe­cadores e os doentes, muito obrigado porque, na Tua santidade e grandeza, não desdenhas descer até nós, sendo embora o que somos! Obrigado pelo perdão dos pecados que concedias e pelo pão que distribuías aos pecadores! Obrigado pelo pão da vida e da unidade em que quiseste transformar-Te, dando-Te a nós em comunhão! Misericórdia se tantas vezes comungamos e continuamos tão pou­co solidários entre nós! Perdoa-nos, Jesus, e puri­fica-nos totalmente!
Obrigado, Jesus, por chamares cada cristão a fazer o mesmo. Isto é, a amar sem nenhuma condi­ção, especialmente onde não há previsão de ser retribuído. De joelhos aqui na Tua presença, prometo esforçar-me para trilhar o Teu caminho, e Te su­plico: torna-me digno de obter a purificação e a cura pessoal! Agradeço-Te, outrossim, por estares pronto a curar, por meu intermédio, também aos outros e trazê-los de volta à Tua amizade.
Faze-me digno de Ti, Jesus, e guarda-nos a todos à sombra de Tuas asas!
Ó Maria, Mãe da consolação, fica aqui e reza comigo, para que, a partir de agora, eu seja profundamente purificado e possa trabalhar pelo bem de todos. Contigo desejo pedir por eles ao Teu Filho Jesus.

Lembre, nominalmente, aqueles pelos quais deseja rezar. Permaneça em silêncio.

Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.

7- Agora, Jesus, meu coração está feliz. Sei que tomarás conta não só de mim, mas de todas as pessoas, meus irmãos e irmãs. Antes de terminar esta adoração, prometo nutrir mais interesse por Ti e pela Tua palavra. Através da oração, da meditacão e da adoração, através do jejum e da confissão, procurarei viver o Teu amor e difundi-lo no meu ambiente de vida e trabalho. Sei que o caminho é ainda longo, e a meta, distante. Mas Te agradeço pela esperança que depuseste em meu coração epelo amor em que me fazes crepitar para Ti e para os meus irmãos e irmãs!
Por meio da comunhão, Jesus, estabeleça-Te em mim, e cresça até me transformares completamente. Cura-me na alma e no corpo. Proteja-me de toda enfermidade espiritual e física, de toda doen­ça incurável e infecciosa!
Com todo o ardor de minha alma Te peço, também, pelos enfermos e pelos deficientes físicos. Que na alegria eles caminhem para Ti, Senhor, e a comunhão com os Teus sofrimentos lhes faça sentir os efeitos da Tua ressurreição! Sê glorificado emcada um de nós, Jesus! Que, através de nós, o teu rosto resplandeça no mundo inteiro, a fim de que os homens, vendo as nossas boas obras, glorifiquem o Pai que está no céu.
E tu, Maria, fica também comigo! És a Mãe do Emanuel, isto é, a Mãe daquele Deus que decidiu morar para sempre conosco, intercedendo em nosso favor.
           
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.

No fim se canta:

Tão sublime Sacramento
adoremos neste altar
pois o Antigo Testamento            
deu ao Novo seu lugar.
Venha a fé por suplemento
os sentidos completar.
Ao Eterno Pai cantemos
e a Jesus, o Salvador.
Ao Espírito exaltemos
na Trindade eterno amor.
Ao Deus Uno e Trino demos     
A alegria do louvor. Amém.
Deste-lhes o pão descido do que traz em si toda doçura.

Rezemos:
Senhor Jesus Cristo, que no admirável sa­cramento da Eucaristia nos deixaste um memorial de tua paixão, dá-nos adorar com fé viva o santo mistério do Teu Corpo e Sangue e colher continua­mente os frutos da Tua redenção. Tu que vives e reinas com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

 Oração de louvor:

Bendito seja Deus.
Bendito seja o seu Santo Nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e ver­dadeiro homem.
Bendito seja o nome de Jesus. Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração.
Bendito seja o seu Preciosíssimo Sangue.
Bendito seja Jesus no Santíssimo Sacramento do al­tar.
Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santís­sima.
Bendita seja a sua Santa e Imaculada Conceição.
Bendita seja a sua gloriosa Assunção.
Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.
 Bendito seja Deus nos seus Anjos e nos seus San­tos.

Santissima Trindade

Trindade ou Santíssima Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que professa a Deus único preconizado em três pessoas distintas: o Paio Filho e o Espírito Santo. Para os seus defensores, é um dos dogmas centrais da fé cristã, e considerado ummistério. Tais denominações consideram-se monoteístas. O judaísmo e o islamismo, bem como algumas denominações cristãs, não aceitam a doutrina trinitária.
A criação e imposição do dogma da Trindade datam do Primeiro Concílio de Niceia e do posterior Credo Niceno-Constantinopolitano, que reinou sem maiores questionamentos por um longo período. Mas, mesmo antes desse evento histórico, a Trindade já era contestada e, novamente após a Reforma Protestante, a origem, o significado e a justificativa da doutrina trinitária vão sendo constantemente interpeladas, com os filósofos questionando a autoconsistência da doutrina. À partir da década de 1960, com a filosofia analítica da religião e depois com a teologia analítica, os filósofos cristãos buscam justificar o dogma através de formulações mais precisas, numa tentativa de lhe dar autoconsistência e, consequentemente, maior facilidade para defendê-lo através de "reconstruções racionais", as quais usam conceitos oriundos da metafísica analítica, da lógica e da epistemologia.
A doutrina trinitária professa que o conceito da existência de um só Deus, onipotenteonisciente e onipresente, revelado em três pessoas distintas, pode-se depreender de muitos trechos da Bíblia. Um dos exemplos mais referidos é o relato sobre o batismo deJesus, em que as chamadas "três pessoas da Trindade" se fazem presentes, com a descida do Espírito Santo sobre Jesus, sob a forma de uma pomba, e com a voz do Pai Celeste dizendo:
  • «Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo»2
  • E na fórmula tardia de Mateus:3 «Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo».
  • No relato em que a Trindade se revelaria por três anjos que apareceram a Abraão próximo ao Carvalho de Mambré (Gn 18,ss)
  • Na criação do homem se apresenta um criador plural": «Façamos o homem a nossa imagem e semelhança»"(Gn 1,26)
  • No episódio da torre de Babel o Senhor Deus fala no plural: "«Vamos: Desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro.»”(Gn 11,7)
Ainda segundo os defensores da doutrina trinitariana, ao longo da Bíblia há várias passagens que revelam a natureza divina da Trindade, e até a personalidade de cada uma das três pessoas divinas:
  • No que concerne à divindade de Deus-Filho, referem-se, por exemplo, a sua onisciência, a sua onipotência, a sua onipresença,ao fato de perdoar os pecados e ser doador da vida em íntima unidade, porém diferenciando as pessoas: «Eu e o Pai somos um». Contudo, mais do que estas simples passagens isoladas, a afirmação da plena divindade de Jesus é o resultado da reflexão, na Fé, sobre a sua missão redentora contida nas Escrituras - pois a sua personalidade divina e humana nunca foi seriamente posta em descrédito pela igreja cristã seja ela católica ou protestante.
  • No que concerne à divindade do Espírito Santo, os trinitarianos reportam-se, por exemplo, à passagem bíblica que o chama de Deus em Atos, a sua onisciência, a sua onipotência, a sua onipresença e sobretudo ao fato de ser Espírito "de" verdade e "de" vida, prerrogativas que, tais como as apresentadas para Deus-Filho, segundo a Bíblia são única e exclusivamente divinas;
  • No que concerne à personalidade do Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, assunto que foi muito debatido ao longo dos primeiros séculos do cristianismo, é comum referirem-se aos atributos deste que, tal como os que no Antigo Testamento são aduzidos para a personalidade do Deus do Antigo Testamento, YHVH - cuja divindade e personalidade nunca foram alvo de críticas substanciadas entre os cristãos -, testemunham o seu caracter pessoal: Ele glorificará Cristo; ensina a comunidade e os fieis, distribui os dons segundo o seu desígnio, fala nas Escrituras do Antigo Testamento, fala para as sete Igrejas na carta do Apocalipse é enviado pelo Pai em nome de Jesus e pelo Filho que enviou da parte do Pai aparecendo como distinto de ambos pois não é Cristo sob outra forma de existência, mas seu representante e testemunha. Mais importante do que as passagens isoladas é o conjunto que o revela como Aquele que tem a missão de recordar, universalizar e realizar em cada pessoa a obra de Jesus, o que não ocorre mecanicamente, mas somente onde houver a liberdade do Espírito, dado que «onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade». Para os cristão trinitários, esta liberdade do Espírito exclui que este possa ser um princípio impessoal, um meio ou instrumento, mas antes pressupõe a sua independência relativa.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Pentecostes "Tempo do Espirito Santo"

O QUE É A FESTA DE PENTECOSTES?

Pentecostes vem da palavra grega pentekosté e significa quinquagésimo.

A Festa de Pentecostes acontece sete semanas depois da Páscoa – mais exatamente, 50 dias – e dura um dia. Inicialmente, na “Festa da Colheita”, como era conhecida, os judeus ofereciam a melhor parte de suas colheitas a Javé. Depois, passaram a comemorar Pentecostes como a “renovação da Aliança” entre Deus e seu povo, após a primeira Aliança no monte Sinai (Os 10 mandamentos).
No antigo calendário israelita (Êxodo 23.14-17; 34.18-23) estão relacionadas três Festas:
a) Páscoa, celebrada junto à Festa dos Ázimos, entregava-se uma ovelha nascida naquele ano;
b) Festa das Colheitas ou Semanas, entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos. Esta festa recebeu, a partir do domínio Grego, o nome de Pentecostes. A partir das reformas de Esdras e Neemias (9,1 – 10,39), em meados do século V a.C., a Festa de Pentecostes passou a celebrar o Dom da Lei no Sinai, a festa da Aliança entre Deus e o povo.
c) Festa dos Tabernáculos, onde o povo oferecia os primeiros frutos da colheita de frutas, como uva, tâmara e figo, especialmente.
As duas primeiras celebrações foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao esquecimento.
No Antigo Testamento, a liturgia mais desenvolvida dessa Festa encontra-se em Lv 23.15-21. Porém, Dt 16.9-15 mostra uma outra liturgia que reflete um diferente período e, conseqüentemente, um novo ambiente de celebração. Este estudo tomará como base essas duas liturgias.
O NOME ORIGINAL
Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo calendário bíblico, no Antigo Testamento (Ex 23.14-17; 34.18-23). Originalmente, essa festa é referida com vários nomes:
a) Festa da Colheita ou Sega - no hebraico, hag haqasir.
Por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa festa ganhou esse segundo nome. Provavelmente, hag haqasir é o nome original (Ex 23.16).
b) Festa das Semanas - no hebraico, hag xabu´ot.
A razão desse nome está no período de duração dessa celebração: sete semanas. O início da festa se dá 50 dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do trigo (Dt 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10).
c) Dia das Primícias dos Frutos - no hebraico yom habikurim.
Este nome tem sua razão de ser na entrega de uma oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega (Nm 28.26). Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das três tradicionais festas do antigo calendário bíblico.
Nos últimos trezentos anos do período do Antigo Testamento, os gregos assumiram o controle do mundo, impondo sua língua, que se tornou muito popular entre os judeus. Os nomes hebraicos hag haqasir e hag xabu´ot foram substituídos pela denominação Pentecostes. O nome ganhou popularidade a partir desse período. Era uma festa não só de alegria e de encontro das famílias, como também de partilha com os mais necessitados.
Com base nas tradições e nos costumes judaicos a respeito de Pentecostes, Lucas construiu sua narrativa para falar de um novo Pentecostes: a presença do Espírito Santo guiando a missão dos evangelizadores no anúncio do Reino de Deus e da Nova Aliança.
Assim, cinquenta dias após a Páscoa, a Festa de Pentecostes celebra o dom do Espírito Santo enviado por Deus à Igreja. A promessa de Jesus aos seus discípulos se realiza: "Recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (At 1,8).
O Catecismo da Igreja Católica diz que: "No dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa Divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito" (CIC, n. 731).
O NOVO PENTECOSTES

Jerusalém é o lugar onde termina o tempo de Jesus e começa o tempo do Espírito Santo. Os Atos de Jesus começam na Galiléia e terminam em Jerusalém. Os Atos dos Apóstolos começam em Jerusalém e vão até os confins do mundo. Portanto, Jerusalém é ponto de chegada e ponto de partida. É o lugar da manifestação do Espírito Santo de Deus, que encoraja os Apóstolos e os discípulos de Jesus para a missão.

No dia de Pentecostes, os discípulos estavam reunidos em Jerusalém. Depois dos acontecimentos da Páscoa, ficaram cheios de medo. Viviam em grupos separados e desligados do mundo. Jesus ressuscitado aparece, reúne e une esses grupos (At 2,1). A partir dessa unidade construída em torno da mesma fé, e com o apoio espiritual de Maria Santíssima, é que o Espírito Santo vem sobre eles (At 1,14). Assim, aquele grupo de homens e mulheres amedrontados adquiriu a consciência de ser uma comunidade, isto é, o corpo místico de Cristo. Todos sentiram que Jesus estava entre eles, mais ainda do que antes, porque, na realidade, Jesus não mais estava com eles, estava neles.
 
A Igreja se manifestou publicamente e começou a difundir o Evangelho mediante a pregação acompanhada de sinais, prodígios e milagres.
SÍMBOLOS
a) A ÁGUA
Significa o nascimento e a fecundidade da vida nova dada pelo Espírito Santo. O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois que, após a invocação do Espírito Santo, ela torna-se o sinal sacramental eficaz do novo nascimento. Do mesmo modo que a gestação do nosso primeiro nascimento se operou na água, assim a água batismal significa realmente que o nosso nascimento para a vida divina nos é dado no Espírito Santo. Mas, «batizados num só Espírito», «a todos nos foi dado beber de um único Espírito» (1 Cor 12, 13): portanto, o Espírito é também pessoalmente a Água Viva que brota de Cristo crucificado como da sua fonte, e jorra em nós para a vida eterna.
b) O FOGO
Simboliza a força transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta Elias, que "surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha" (Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que toca.
João Batista, que caminha diante do Senhor à exemplo do mesmo profeta Elias (Lc 1,17), anuncia o Cristo como aquele que "batizará com o Espírito Santo e com o fogo" (Lc 3,16), esse Espírito do qual Jesus dirá: "Vim trazer fogo à terra, e quanto desejaria que já estivesse acesso” (Lc 12,49).
É sob a forma de línguas (de fogo) que o Espírito Santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Seu poder. A tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo. Dirá São Paulo: “Não extingais o Espírito" (1Ts 5,19). (CIC 696)
c) O VENTO
O QUE É A FESTA DE PENTECOSTES?
Pentecostes vem da palavra grega pentekosté e significa quinquagésimo.
A Festa de Pentecostes acontece sete semanas depois da Páscoa – mais exatamente, 50 dias – e dura um dia. Inicialmente, na “Festa da Colheita”, como era conhecida, os judeus ofereciam a melhor parte de suas colheitas a Javé. Depois, passaram a comemorar Pentecostes como a “renovação da Aliança” entre Deus e seu povo, após a primeira Aliança no monte Sinai (Os 10 mandamentos).
No antigo calendário israelita (Êxodo 23.14-17; 34.18-23) estão relacionadas três Festas:
a) Páscoa, celebrada junto à Festa dos Ázimos, entregava-se uma ovelha nascida naquele ano;
b) Festa das Colheitas ou Semanas, entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos. Esta festa recebeu, a partir do domínio Grego, o nome de Pentecostes. A partir das reformas de Esdras e Neemias (9,1 – 10,39), em meados do século V a.C., a Festa de Pentecostes passou a celebrar o Dom da Lei no Sinai, a festa da Aliança entre Deus e o povo.
c) Festa dos Tabernáculos, onde o povo oferecia os primeiros frutos da colheita de frutas, como uva, tâmara e figo, especialmente.
As duas primeiras celebrações foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao esquecimento.
No Antigo Testamento, a liturgia mais desenvolvida dessa Festa encontra-se em Lv 23.15-21. Porém, Dt 16.9-15 mostra uma outra liturgia que reflete um diferente período e, conseqüentemente, um novo ambiente de celebração. Este estudo tomará como base essas duas liturgias.
O NOME ORIGINAL
Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo calendário bíblico, no Antigo Testamento (Ex 23.14-17; 34.18-23). Originalmente, essa festa é referida com vários nomes:
a) Festa da Colheita ou Sega - no hebraico, hag haqasir.
Por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa festa ganhou esse segundo nome. Provavelmente, hag haqasir é o nome original (Ex 23.16).
b) Festa das Semanas - no hebraico, hag xabu´ot.
A razão desse nome está no período de duração dessa celebração: sete semanas. O início da festa se dá 50 dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do trigo (Dt 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10).
c) Dia das Primícias dos Frutos - no hebraico yom habikurim.
Este nome tem sua razão de ser na entrega de uma oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega (Nm 28.26). Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das três tradicionais festas do antigo calendário bíblico.
Nos últimos trezentos anos do período do Antigo Testamento, os gregos assumiram o controle do mundo, impondo sua língua, que se tornou muito popular entre os judeus. Os nomes hebraicos hag haqasir e hag xabu´ot foram substituídos pela denominação Pentecostes. O nome ganhou popularidade a partir desse período. Era uma festa não só de alegria e de encontro das famílias, como também de partilha com os mais necessitados.
Com base nas tradições e nos costumes judaicos a respeito de Pentecostes, Lucas construiu sua narrativa para falar de um novo Pentecostes: a presença do Espírito Santo guiando a missão dos evangelizadores no anúncio do Reino de Deus e da Nova Aliança.
Assim, cinquenta dias após a Páscoa, a Festa de Pentecostes celebra o dom do Espírito Santo enviado por Deus à Igreja. A promessa de Jesus aos seus discípulos se realiza: "Recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra" (At 1,8).
O Catecismo da Igreja Católica diz que: "No dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa Divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito" (CIC, n. 731).
O NOVO PENTECOSTES

Jerusalém é o lugar onde termina o tempo de Jesus e começa o tempo do Espírito Santo. Os Atos de Jesus começam na Galiléia e terminam em Jerusalém. Os Atos dos Apóstolos começam em Jerusalém e vão até os confins do mundo. Portanto, Jerusalém é ponto de chegada e ponto de partida. É o lugar da manifestação do Espírito Santo de Deus, que encoraja os Apóstolos e os discípulos de Jesus para a missão.

No dia de Pentecostes, os discípulos estavam reunidos em Jerusalém. Depois dos acontecimentos da Páscoa, ficaram cheios de medo. Viviam em grupos separados e desligados do mundo. Jesus ressuscitado aparece, reúne e une esses grupos (At 2,1). A partir dessa unidade construída em torno da mesma fé, e com o apoio espiritual de Maria Santíssima, é que o Espírito Santo vem sobre eles (At 1,14). Assim, aquele grupo de homens e mulheres amedrontados adquiriu a consciência de ser uma comunidade, isto é, o corpo místico de Cristo. Todos sentiram que Jesus estava entre eles, mais ainda do que antes, porque, na realidade, Jesus não mais estava com eles, estava neles.
 
A Igreja se manifestou publicamente e começou a difundir o Evangelho mediante a pregação acompanhada de sinais, prodígios e milagres.
SÍMBOLOS
a) A ÁGUA
Significa o nascimento e a fecundidade da vida nova dada pelo Espírito Santo. O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois que, após a invocação do Espírito Santo, ela torna-se o sinal sacramental eficaz do novo nascimento. Do mesmo modo que a gestação do nosso primeiro nascimento se operou na água, assim a água batismal significa realmente que o nosso nascimento para a vida divina nos é dado no Espírito Santo. Mas, «batizados num só Espírito», «a todos nos foi dado beber de um único Espírito» (1 Cor 12, 13): portanto, o Espírito é também pessoalmente a Água Viva que brota de Cristo crucificado como da sua fonte, e jorra em nós para a vida eterna.
b) O FOGO
Simboliza a força transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta Elias, que "surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha" (Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que toca.
João Batista, que caminha diante do Senhor à exemplo do mesmo profeta Elias (Lc 1,17), anuncia o Cristo como aquele que "batizará com o Espírito Santo e com o fogo" (Lc 3,16), esse Espírito do qual Jesus dirá: "Vim trazer fogo à terra, e quanto desejaria que já estivesse acesso” (Lc 12,49).
É sob a forma de línguas (de fogo) que o Espírito Santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Seu poder. A tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo. Dirá São Paulo: “Não extingais o Espírito" (1Ts 5,19). (CIC 696)
c) O VENTO
O vento atua sem ser visto, está presente sem se conseguir agarrar, “sopra onde quer, ninguém sabe de onde vem nem para onde vai, mas todos escutam a sua voz” (Jo 3, 8). O profeta Elias, escondido com medo da rainha Jezabel, é na brisa suave do vento que percebe a presença de Javé (1Rs 19, 13). O profeta Ezequiel descreve a visão de um campo de ossos ressequidos aos quais Deus envia uma brisa suave, um vento que os percorre e revigora trazendo-os à vida (Ez 37, 1-10). Espírito em hebraico diz-se Ruah, que significa sopro, aragem. E tem também o significado de hálito ou sopro de vida.
O Ruah Javé (Espírito de Deus) é o hálito que sai da boca de Deus como alento de vida: “Deus insuflou no barro amassado o seu Ruah – hálito, alento, respiração – e o Homem tornou-se um Vivente! (Gn 2, 7). Também Jesus Ressuscitado “Soprou sobre os Apóstolos, dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo!” (Jo 20, 22). Sim, o Espírito Santo é o alento de Vida de Jesus Ressuscitado.

Tempo da Pascoa

Tempo da Páscoa
– É neste tempo que a Igreja celebra a sua maior festa: a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
– Neste período, a Igreja se reveste de plena alegria pela Ressurreição de Cristo, que para nós se tornou primícia de Salvação.
– A festa da ressurreição é preparada através do Tríduo Pascal, que reúne como se fosse em uma única celebração, toda a Paixão, Morte e Ressurreição do Salvador.
– No Tríduo, nós temos a sexta-feira da Paixão, o Sábado Santo ou da Vigília Pascal e o Domingo da Ressurreição.

Tempo Pascal de 2015

O Domingo da Ressurreição ou de Páscoa é a festa mais importante para todos os católicos, já que com a Ressurreição de Jesus é quando adquire sentido toda nossa religião.
Cristo triunfou sobre a morte e com isto nos abriu as portas do Céu. Na Missa dominical recordamos de uma maneira especial esta grande alegria. Acende-se o Círio Pascal que representa a luz de Cristo ressuscitado e que permanecerá acesso até o dia da Ascensão, quando Jesus sobe ao Céu.
A Ressurreição de Jesus é um fato histórico, cujas provas entre outras, são o sepulcro vazio e os numerosos aparecimentos de Jesus Cristo a seus apóstolos.
Quando celebramos a Ressurreição de Cristo, estamos celebrando também nossa própria libertação. Celebramos a derrota do pecado e da morte.
Na Ressurreição encontramos a chave da esperança cristã: se Jesus esta vivo e esta junto a nos, “que podemos temer?”, “que nos pode preocupar?”.
Qualquer sofrimento adquire sentido com a Ressurreição, pois devemos estar seguros que, depois de uma curta vida na terra, se somos fieis, chegaremos a uma vida nova e eterna, na qual gozaremos de Deus para sempre.
São Paulo nos diz: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” (I Coríntios 15,14).
Se Jesus não ressuscitasse, suas palavras ficariam no ar, suas promessas ficariam sem se cumprir e duvidaríamos que fosse realmente Deus.
Mas, como Jesus ressuscitou, então sabemos que venceu a morte e o pecado; sabemos que Jesus é Deus, sabemos que nós ressuscitaremos também, sabemos que ganhou para nós a vida eterna e desta maneira, toda nossa vida adquire sentido.
A Ressurreição é fonte de profunda alegria. A partir dela, nos os cristãos não podemos viver mais com faces tristes. Devemos ter face de ressuscitados, demonstrar ao mundo nossa alegria porque Jesus venceu a morte.
A Ressurreição é uma luz para os homens e cada cristão deve irradiar essa mesma luz a todos os homens os fazendo partícipes da alegria da Ressurreição por meio de suas palavras, seu testemunho e seu trabalho apostólico.
Devemos estar verdadeiramente alegres pela Ressurreição de Jesus Cristo, nosso Senhor. Neste tempo de Páscoa que começa, devemos aproveitar todas as graças que Deus nos dá para crescer em nossa fé e seremos melhores cristãos. Vivamos com profundidade este tempo.
Com o Domingo de Ressurreição começa o Tempo Pascal, no qual recordamos o tempo que Jesus permaneceu com os apóstolos antes de subir aos céus, durante a festa da Ascensão.
A festa da Páscoa é tão importante, que em um só dia não é suficiente para festeja-la. Por isso a Igreja fixou uma oitava de Páscoa (oito dias) para contemplar a Ressurreição e um Tempo Pascal (cinquenta dias) para seguir festejando a Ressurreição do Senhor..