terça-feira, 30 de setembro de 2014

Santa Teresinha



Santa Teresinha
do Menino Jesus (de Lisieux)
1873-1897

01 de Outubro - Santa Teresinha do Menino Jesus (de Lisieux)

A vida da santa Teresa de Lisieux, ou santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, seu nome de religiosa e como o povo carinhosamente a prefere chamar, marca na história da Igreja uma nova forma de entregar-se à religiosidade. No lugar do medo do "Deus duro e vingador", ela coloca o amor puro e total a Jesus como um fim em si mesmo para toda a existência eterna. Um amor puro, infantil e total, como deixaria registrado nos livros "Infância espiritual" e "História de uma alma", editados a partir de seus escritos. Sua vida foi breve, mas plena de dedicação e entrega. Morreu virgem como Maria, a Mãe que venerava, e jovem como o amor que vivenciava a Jesus, pela pura ação do Espírito Santo.

Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como suas quatro irmãs. Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias especiais os impediram e a mãe prometeu ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi, com entusiasmada aceitação por parte de Teresinha desde a mais tenra idade.

Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo papa Leão XIII.

Ela própria escreveu que, para servir a Jesus, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, mártir... Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas essas missões, depositou nele sua vida. Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita. Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo depois editada, perpetuando-se como livro de cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e pensadores do século XX.

Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do Supremo. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.

Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925 pelo papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como "padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de são Francisco Xavier". Esta "grande santa dos tempos modernos" foi proclamada doutora da Igreja pelo papa João Paulo II em 1997.

domingo, 28 de setembro de 2014

Arcanjos de Deus

O mês de Setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos,
pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos
mais famosos da história do catolicismo e das religiões,
MIGUEL, GABRIEL e RAFAEL, para o dia 29 de Setembro - dia de Saint Michel – em relação com o Arcanjo Miguel.

Esses três Arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes,
o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono do Pai
e que são seus mensageiros dos "Decretos Divinos", aqui na Terra.

MIGUEL, é considerado o Príncipe guardião e guerreiro,
Defensor do trono celeste e do seu povo.
Fiel escudeiro do Pai Eterno,
chefe supremo do exército celeste
e dos anjos fiéis ao Divino.
Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento,
padroeiro da Igreja Católica.
Costuma ser de grande ajuda
no combate contra as forças maléficas.
É citado três vezes na Sagrada Escritura.
O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.
Miguel, Príncipe e Regente das Milícias Celestes, vela para que a Luz triunfe sistematicamente sobre a Sombra, de maneira habitual, mas também excepcional
.

GABRIEL,
É o Arcanjo anunciador por excelência
das revelações divinas e é, talvez, aquele que
esteve perto do Cristo na agonia entre as oliveiras.
Padroeiro da Diplomacia, dos trabalhadores dos correios
e dos operadores dos telefones.
Comumente está associado a uma trombeta,
indicando que é aquele que transmite a Voz Divina,
o portador das notícias.
Além, da missão mais importante
e jamais dada a uma criatura,
que o Senhor lhe confiou:
o anúncio da encarnação do Mestre da Luz.
Motivo que o fez ser venerado,
inclusive no islamismo.
Gabriel é o intercessor. É também o que comunica a vontade do Pai, em suas formas, em suas densidades, em suas consciências
.

RAFAEL, teve a função
de acompanhar o jovem Tobias,
personagem central do livro 'Tobit',
no Antigo Testamento, em sua viagem,
como seu segurança e guia.
Guardião da saúde e da cura física e espiritual,
é considerado também o chefe da ordem das virtudes.
É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e,
também, dos viajantes, soldados e escoteiros.
Rafael é aquele que vem reparar as formas danificadas e as consciências danificadas a fim de colocá-los em harmonia e no sentido da Divindade
.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Intercessão Profética

É comum ouvirmos as pessoas afirmarem que Deus está dirigindo tudo aqui na terra, mas esta afirmação não está totalmente correta, pois Deus não governa tudo aqui na terra, ao contrário, Ele quer precisar da nossa vontade expressa, sobretudo na oração, para agir neste mundo.
Muitas vezes passamos por dificuldades inesperadas que fogem totalmente do nosso controle onde não somos capazes de achar uma saída ou uma solução eficaz. No entanto, quando decidimos enfrentar estas dificuldades com a oração, Deus assume o controle e, a partir daí, encontramos a saída e a solução que nos pareciam completamente impossíveis; e mesmo que o resultado final não seja exatamente como havíamos imaginado, a solução encontrada a partir da oração será sempre a melhor saída.
Por isso é fundamental intercedermos junto a Deus em favor das pessoas e das situações que as envolvem, porque com a intercessão, entregamos para o Senhor a direção de tudo. Logo, precisamos pedir, clamar, suplicar... (cf. 1Tim. 2,1-4), sendo necessário que alguém se posicione em intercessão em favor das pessoas e contra as fortalezas de Satanás e do pecado para romper o domínio que estes tem neste mundo. Ver a necessidade do povo e trazê-la diante do Senhor para que ela seja transformada conforme a vontade de Deus é uma importante intenção de intercessão.
Porém, é importante nos antecipar na intercessão pelas situações que ainda não conseguimos ver, por aquelas situações que ainda não aconteceram. Para isso devemos ouvir o Senhor na nossa oração fazendo uso dos carismas de profecia e de palavra de ciência a fim de que o Espírito Santo nos revele tais situações.
É como ocorre em muitos episódios narrados na Sagrada Escritura, quando o Senhor, ao ser consultado, revela os acontecimentos futuros que precisam de intercessão para que sejam impedidos, pela ação de Deus, de se realizarem.
No capítulo nove do livro dos Atos dos Apóstolos encontramos um destes maravilhosos exemplos de intercessão profética. No início deste capítulo, São Lucas narra o episódio da conversão de Saulo que, ao cair do cavalo, fica cego e é conduzido para Damasco até a casa de Judas.
Assim que Saulo chegou a Damasco, o Senhor procurou alguém nesta cidade que fosse capaz de ouvir a Sua voz e obedecê-la, a fim de orar por Saulo para que os planos de Deus se realizassem em sua vida e em favor da Igreja.
Ananias, que naquele momento orava e escutava o Senhor, ou seja, que intercedia profeticamente pelos cristãos de Damasco foi para quem Deus revelou o que estava para acontecer na vida de Saulo e na Igreja. “Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor, numa visão, lhe disse: ‘Ananias!’. ‘Eis-me aqui, Senhor’, respondeu ele” (At 9,10). Então o Espírito Santo começou a instruí-lo, lhe fornecendo informações precisas de como e onde ele deveria atuar. “O Senhor lhe ordenou: ‘Levanta-te e vai à Rua Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso, chamado Saulo; ele está orando’” (At 9,11). Ananias então obedeceu e encontrou tudo conforme o Espírito de Deus lhe revelou (cf. At 9,17).
Foi devido a esta intercessão de Ananias que Deus livrou a Igreja da perseguição de Saulo e ainda o converteu para ser um dos maiores apóstolos da Igreja.  Percebam irmãos, a importância da intercessão profética, ou seja, a importância de dialogarmos com o Senhor enquanto oramos para que possamos saber como e para quem devemos interceder.
Deus deseja que seu povo rompa as barreiras da dimensão temporal para alcançar um nível de autoridade espiritual muito maior do que conhecemos ou experimentamos hoje. É pela intercessão profética que experimentaremos o poder de Deus que nos levará a obter vitórias sobre as situações que ainda estão para acontecer e que podem até nos derrotar se não houver a antecipação da intercessão.
A intercessão profética é isso, ou seja, é a antecipação ou a revelação de um fato que está para acontecer, em que aquele que intercede estando aberto à ação do Espírito Santo, numa postura de escuta, ouve do Senhor o que Ele quer e como Ele quer que seja orado.
Desta forma, muitos acontecimentos negativos que atingem a nossa vida, a nossa família, o nosso Grupo de Oração, etc., podem ser evitados pela intercessão profética,poisesta oração manifesta a visão e a realidade de Deus aqui na terra, levando famílias a serem restauradas, cidades, estados e nações inteiras a se rederem ao Senhorio de Jesus.
Para melhor compreendermos o significado da intercessão profética é necessário compreendermos antes o significado de profetizar que no Antigo Testamento significa basicamente anunciar, declarar. Daí, profetizar é “ouvir e anunciar a mensagem de Deus”. Já no Novo Testamento, profetizar significa basicamente “falar em lugar de” ou “em nome de”.
Quando realizamos estas duas ações, ou seja, interceder e profetizar, teremos como resultado a intercessão profética. Podemos então afirmar que intercessão profética é o ato de entrarmos na presença de Deus e ouvirmos os Seus pensamentos e os Seus conselhos para assim nos tornar aptos para orar por situações que estão no coração do Senhor e desta forma antecipar a intercessão em favor de alguém, de uma família, de uma cidade ou até mesmo de uma nação.
Podemos afirmar também que intercessão profética é quando oramos para que aconteça o que Deus deseja que aconteça. É quando o intercessor que, conhecendo a vontade de Deus pelo ato de ouvi-Lo através da sua oração pessoal constante, vem diante do Senhor e pede para que a Sua vontade seja realizada na terra.
Neste nível estaremos “conectados” com Deus, temos os nossos ouvidos nos céus e nossa boca na terra mantendo a visão no mundo espiritual antes de manifestá-la no mundo natural. “Porque o Senhor Javé nada faz sem revelar seu segredo aos profetas, seus servos”. (Am 3,7).
O Senhor deseja nos revelar as situações que ainda não aconteceram para que os seus servos se utilizem do poder da intercessão em favor do seu povo.
“Porventura não fez o Senhor com que seus santos proclamassem todas as suas maravilhas, maravilhas que ele, o Senhor todo-poderoso, consolidou, a fim de que subsistam para a sua glória? Ele sonda o abismo e o coração humano, e penetra os seus pensamentos mais sutis, pois o Senhor conhece tudo o que se pode saber. Ele vê os sinais dos tempos futuros, anuncia o passado e o porvir, descobre os vestígios das coisas ocultas. Nenhum pensamento lhe escapa, nenhum fato se esconde a seus olhos” (Eclo. 42,19-20).
Em nosso dia-a-dia o Senhor se utiliza de muitas formas para nos revelar os acontecimentos futuros, cabe a nós buscar na oração a docilidade no Espírito para interpretar estes sinais que a todo o momento o Senhor deseja nos revelar. Quando ouvimos o Senhor a nossa intercessão se torna profética e a nossa oração atinge o seu auge, pois é pelo ato de ouvir a voz de Deus e de se deixar conduzir por ela que veremos poderosos rompimentos de barreiras ocorrerem.
Quanto mais aprofundarmos a nossa espiritualidade pessoal e o amor fraterno entre nós, maior será a nossa capacidade para ver e interpretar os sinais de Deus na nossa vida, em nosso Grupo de Oração e na sociedade para assim podermos antecipar a intercessão por situações que até então ignorávamos para assim, alcançarmos as vitórias que o Senhor já nos predestinou. “Invoca-me, e te responderei, revelando-te grandes coisas misteriosas que ignoras” (Jr 33,3).

sábado, 20 de setembro de 2014

Dia da Biblia


A palavra "bíblia" origina-se do grego biblíon (livro) e bíblia (livros). A Bíblia é constituída por 73 livros que falam sobre a aliança e o plano de salvação de Deus para a humanidade. Embora esses livros tenham sido escritos pelo ser humano, sua inspiração veio diretamente de Deus.

A Bíblia começou a ser escrita no século XV a.C., aproximadamente, e foi concluída no final do século I d.C. A Bíblia é também chamada de "Sagradas Escrituras" ou, somente, "Escrituras". Foram utilizadas três línguas diferentes para se escrever a Bíblia: hebraico, usado na redação do Antigo Testamento; aramaico (língua falada por Jesus), usado em alguns trechos do Antigo Testamento e no original do Evangelho de Mateus; grego, usado em alguns livros do Antigo Testamento e em todo o Novo Testamento. Os livros do Novo Testamento foram completados, mais ou menos, no ano 90 da Era Cristã.

Visto que Jesus Cristo nada escreveu, durante 60 anos os primeiros cristãos viveram a fé sem os 27 livros do Novo Testamento, embora já possuíssem o Antigo Testamento, que começou a ser escrito no tempo de Moisés, em torno do ano 1250 a.C.

A primeira tradução da Bíblia, do grego para o latim, foi feita por São Jerônimo, a pedido do papa Dâmaso, no século IV, e recebeu o nome de "Vulgata latina". São Jerônimo morreu no dia 30 de setembro de 420 e, para homenageá-lo, a Igreja escolheu a sua festa para comemorar o Dia da Bíblia, mas a celebração passou a ser feita no último domingo de setembro.

A Bíblia é o livro mais conhecido, mais lido e estudado em toda a história da literatura. Para facilitar sua leitura e para consultá-la, em 1228 cada livro foi dividido em capítulos, e em 1528 cada capítulo do Antigo Testamento foi dividido em versículos. Em 1550, foi a vez de os capítulos do Novo Testamento serem divididos em versículos. Atualmente, a Bíblia é traduzida em quase todas as línguas do mundo. As cópias mais antigas da Bíblia se encontram na Biblioteca do Vaticano e no Museu Britânico.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

As setes dores de Nossa Senhora

A primeira dor de Maria Santíssima:
PROFECIA DE SIMEÃO

E uma espada traspassará a tua própria alma (Luc. 2,35)
O Senhor usa esta compaixão conosco, de não nos deixar ver as cruzes que nos esperam, as espadas que atravessarão nossos corações, afim de que tenhamos de sofrer uma só vez. Maria Santíssima, ao contrário, depois da profecia de São Simeão, tinha sempre diante dos olhos e padecia continuamente todas as penas que a esperavam na Paixão do Filho. Mas se Jesus e Maria, inocentes, tanto padeceram por nosso amor, como ousamos lamentar-nos nós, que somos pecadores, quando temos de padecer um pouco pelo amor deles? - E crescia Jesus em sabedoria, em idade e em graça, junto de Deus e junto dos homens (Lc. 2,52) - [Ah! Filho meu, eu te aperto entre os meus braços, porque muito te amo; mas quanto mais te amo, tanto mais para mim Tu te transformas em ramalhetes de mirra e de dor, pensando em tuas penas!] Enquanto o rei se assentava à sua mesa, dava o meu nardo o seu cheiro. O meu amado é para mim como um ramalhete de mirra, que repousa entre os meus seios. (Ct. 1,12-13)

A segunda dor de Maria Santíssima:
FUGA PARA O EGITO

Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito (Mt. 2,13)
A profecia de São Simeão acerca da Paixão de Cristo e das dores de Maria Santíssima começou logo a realizar-se na fuga que teve de fazer para o Egito a Sagrada Família, afim de subtrair o Filho a perseguição de Herodes. Pobre Mãe! Quanto não devia ela sofrer tanto na viagem como durante a sua permanência naquele país entre os infiéis. Vendo a Sagrada Família na sua fuga, lembrando-nos que nós também somos peregrinos sobre a terra. Para sentirmos menos os sofrimentos do exílio, à imitação de São José, tenhamos conosco no coração Jesus e Maria. - Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura (Hb. 13,14)

A terceira dor de Maria Santíssima:
PERDA DE NOSSO SENHOR NO TEMPO
Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos (Lc. 2,48)
A dor de Maria pela perda de Jesus foi sem dúvida uma das mais acerbas; porque ela então sofria longe do Filho, e a humildade fazia-lhe crer que Ele se tinha apartado dela por causa de alguma negligência sua. Sirva-nos esta dor de conforto nas desolações espirituais; e ensine-nos o modo de buscarmos a Deus, se jamais para nossa desgraça viermos a perdê-lo por nossa culpa. Lembremo-nos, porém, de que quem quiser achar a Jesus, não o buscar entre os prazeres e delícias, mas no pranto, entre as cruzes e mortificações, assim como Maria o procurou cheia de humildade. - Vistes, porventura, aquele a quem ama a minha alma? (Ct. 3,3) O menino não aparece; e eu, aonde irei? (Gn. 37,30)Vós não sois meu povo, e eu nem serei mais vosso (Os. 1,9)

A quarta dor de Maria Santíssima:
ENCONTRO COM NOSSO SENHOR CARREGANDO A SANTA CRUZ

Quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos (Is. 53,2)
Consideremos o encontro que no caminho do calvário teve o Filho com sua Mãe. Jesus e Maria olham-se mutuamente, e estes olhares são como outras tantas setes que lhes transpassam o Coração amante. Se víssemos uma leoa que vai após seu filhote conduzido à morte, aquela fera havia de inspirar-nos compaixão. E não nos moverá à ternura ver Maria Santíssima que vai após Jesus Cristo, o seu Cordeiro Imaculado, enquanto o conduzem à morte por nós? Tenhamos compaixão dela, e procuremos também acompanhar a seu Filho e a ela, levando com paciência a cruz que nos dá o Senhor. - Não há quem a console entre todos os seus queridos (Jr. 1,2)

A quinta dor de Maria Santíssima:
MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

E a tua vida estará como em suspenso diante de ti (Dt. 28,66)
Contemplemos a acerba dor de Maria Santíssima no Calvário, obrigada a assistir a Jesus moribundo, a ver todas as penas que ele padecia, sem contudo lhe poder dar alívio. Então a aflita Mãe não cessou de oferecer a vida do Filho à Divina Justiça pela nossa salvação. Lembremo-nos que pelo merecimento de suas dores cooperou para nos fazer nascer para a vida da graça. Por isso tudo nós somos seus filhos. Ó como a Virgem exerceu sempre e ainda exerce bem o ofício de Mãe! Mas como nos havemos nós com o Filho? - Olhei, mas não havia ninguém para me ajudar! Eu estava consternado, mas não havia quem me sustivesse! Contudo, o meu braço veio em meu socorro e o meu furor me sustentou (Is. 63,5) - Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mt. 27, 46) - Mulher, eis aí o teu filho. (Jô. 19,26)

A sexta dor de Maria Santíssima:
DESCIDA DE NOSSO SENHOR DA CRUZ

Tirou da cruz o corpo (Mc. 15,46)
Consideremos como, depois da morte do Senhor, dois de seus discípulos, José e Nicodemos, O descem da cruz e o depõe nos braços da aflita Mãe, que com ternura O recebe e O aperta contra o peito. Se Maria fosse ainda capaz de dor, que pena sentiria vendo que os homens, tendo visto seu Filho morto por amor deles, continuam a maltratá-lO com os seus pecados? Não atormentemos mais a nossa aflita Mãe, e se pelo passado nós também a temos afligido com as nossas culpas, voltemos arrependidos ao Coração aberto de seu Filho e Nosso Senhor, Jesus Cristo. - [O meu Filho era branco e vermelho] O meu amado é cândido e rubicundo (Ct. 5,10) - Infiéis, lembrai-vos disto: voltai ao coração [ferido do meu Filho], voltai arrependidos (Is. 46,8)

A sétima dor de Maria Santíssima:
SEPULTURA DE NOSSO SENHOR

Envolveu-o no pano e o depositou num sepulcro aberto em rocha (Mc. 15,46)
Consideremos como a Mãe dolorosa quis acompanhar os discípulos que levaram Jesus morto à sepultura. Depois de O ter acomodado com suas própria mãos, diz um último adeus ao Filho e ao Seu sepulcro, e volta para casa, deixando o Coração sepultado com Jesus. Nós também, à imitação de Maria, encerremos o nosso coração santo Tabernáculo, onde reside Jesus, já não morto, mas vivo e verdadeiramente como está no céu. Para isso é mister que o nosso coração esteja desapegado de todas as coisas da terra. - Onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. (Lc. 12,34)

sábado, 13 de setembro de 2014

Aprenda o sentido da unção de Deus na vida de uma pessoa

As 3 unções de Davi




Olá amados de Deus! Estamos meditando sobre os assuntos "Por quê Deus substituí?" e  "As 3 unções de Davi".

1ª Unção:

A CONQUISTA - UNÇÃO PROFÉTICA - (I Samuel 16:13) 
A primeira vez que Davi foi ungido Rei, representou para ele um chamado de Deus. Uma promessa de conquista de levantá-lo como um grande Rei. 

Esta unção derramou tão grande poder sobre Davi para vencer inimigos físicos e espirituais sendo preparado para enfrentar os grandes desafios que viriam pela frente até chegar definitivamente ao trono.

A unção é o que dava legitimidade e autoridade ao Rei. O Rei que assumisse o trono sem a unção, era considerado usurpador da coroa. E Davi foi escolhido por Deus porque Saul havia abandonado ao Senhor. 

Processo da conquista:
- Davi foi designado para ser escudeiro real (I Samuel 16:21)
- Davi tocava harpa para libertar Saul (I Samuel 16:23)
- Matou o leão e o urso defendendo as ovelhas (I Samuel 17:34,35)
- Venceu o gigante Golias (I Samuel 17:49-51)
- Derrotou centenas de filisteus ( I Samuel 18:7)

A partir do momento em que recebeu sua primeira unção, Davi foi crescendo gradualmente de pastor de ovelhas à escudeiro, depois músico, general, até chegar a herói do seu povo.

Em todos os postos pelos quais passou até assumir o trono real, ele nunca deixou a soberba penetrar em seu coração e nem se envaideceu com o sucesso. Foi servo de Deus com um coração de pastor. 

Essa unção nos mostra que Deus nos unge para lutar e conquistar. Isso não significa que não teremos problemas, mas que, se o tivermos, teremos como respaldo garantido a unção para nos dar poder de vitória sobre os inimigos.


2ª Unção: 

A CAPACITAÇÃO - UNÇÃO DE AUTORIDADE REAL - (II SAMUEL 2:4) 

15 anos depois da 1ª unção, Davi foi ungido pela 2ª vez.

A 2ª unção de Davi foi uma confirmação de que era realmente o escolhido de Deus. Nesta 2ª unção, Davi assume o reinado apenas sobre Judá e enfrenta muitas adversidades dos inimigos externos do próprio povo de Israel e em sua própria família.

Essa 2ª unção serviu para uma capacitação ainda maior de Davi renovando a autoridade dada por Deus a ele como Rei. Uma preparação sobre Judá, para que depois reinasse sobre todo o Israel.

As vezes queremos receber tudo de Deus e de uma só vez. O Senhor age conosco em um processo de recriação espiritual. Primeiro age dentro de nós, para depois agir no externo.

Nesse processo divino, passamos uma reformulação mental, uma submissão e reeducação de nossa alma, quebrantamento do coração, fortalecimento físico, reestruturação de caráter, mudança de personalidade, vejam meus irmãos, isso não acontece do dia para a noite e não incluí somente os fatores internos, como também os externos, pessoas, dificuldades, circunstâncias, adversidades.

E, se queremos alcançar o alvo que Deus designou para nós, temos que trabalhar nesse período, dentro de nós, a paciência, a dedicação, a renúncia e fidelidade ao Senhor.

A caminhada de lutas é necessária para que Deus tenha tempo hábil de fazer todo o trabalho com perfeição. Se formos fiéis no pouco, receberemos o muito (Lucas: 16:10).


3ª Unção

O ESTABELECIMENTO - UNÇÃO SACERDOTAL - (II SAMUEL 5:3)

Após a 2ª unção, se passaram 7 anos e 6 meses (II Samuel 2:11), e Davi foi ungido pela 3ª vez. Desta vez ele estava assumindo o trono de todo o Israel e definitivamente sendo estabelecido Rei de seu povo.

A 3ª unção de Davi é uma prova de sua fidelidade para com Deus e o Senhor o honrou. 

Após essa unção, ele conseguiu trazer a Arca da Aliança ao Monte Sião e restabelecer o culto ao Senhor (II Samuel 6:15). Nesta atitude, Davi alcança mais que autoridade política, mas consegue ter também, influência espiritual sobre o povo, tomando o posicionamento de adorador e sacerdote.

Um Rei para ser completo, devia ter estas 3 qualidades: Profética, Real e sacerdotal. Jesus recebeu dos magos ouro, incenso e mirra símbolo de Rei, profeta e sacerdote.

Davi compreendeu sua autoridade e por isso se tornou o maior Rei de toda a história de Israel.

Assim como em Davi, a unção de Deus se renova em nós para nos preparar para a conquista, nos capacitando, para definitivamente, nos estabelecer.

Creia no poder do ungido de Deus dentro de você!
O Espírito Santo derrama do seu poder sobre nós!

Mensagem de João 3:13-17

EVANGELHO – Jo 3,13-17

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n'Ele a vida eterna.
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele».
AMBIENTE
O nosso texto pertence à secção introdutória do Quarto Evangelho (cfr. Jo 1,19-3,36). Nessa secção, o autor apresenta Jesus e procura - através dos contributos dos diversos personagens que vão sucessivamente ocupando o centro do palco e declamando o seu texto - dizer quem é Jesus.
Mais concretamente, o trecho que nos é proposto faz parte da conversa entre Jesus e um "chefe dos judeus" chamado Nicodemos (cfr. Jo 3,1). Nicodemos foi visitar Jesus "de noite" (cfr. Jo 3,2), o que parece indicar que não se queria comprometer e arriscar a posição destacada de que gozava na estrutura religiosa judaica. Membro do Sinédrio, Nicodemos aparecerá, mais tarde, a defender Jesus, perante os chefes dos fariseus (cfr. Jo 7,48-52). Também estará presente na altura em que Jesus foi descido da cruz e colocado no túmulo (cfr. Jo 19,39).

A conversa entre Jesus e Nicodemos apresenta três etapas, ou fases. Na primeira (cfr. Jo 3,1-3), Nicodemos reconhece a autoridade de Jesus, graças às suas obras; mas Jesus acrescenta que isso não é suficiente: o essencial é reconhecer Jesus como o enviado do Pai.
Na segunda (cfr. Jo 3,4-8), Jesus anuncia a Nicodemos que, para entender a sua proposta, é preciso "nascer de Deus" e explica-lhe que esse novo nascimento é o nascimento "da água e do Espírito".
Na terceira (cfr. Jo 3,9-21), Jesus descreve a Nicodemos o projecto de salvação de Deus: é uma iniciativa do Pai, tornada presente no mundo e na vida dos homens através do Filho e que se concretizará pela cruz/exaltação de Jesus. O nosso texto pertence a esta terceira parte.

MENSAGEM
No texto que nos é proposto, Jesus começa por explicar a Nicodemos que o messias tem de "ser levantado ao alto", como "Moisés levantou a serpente" no deserto (a referência evoca o episódio da caminhada pelo deserto a que se refere a nossa primeira leitura - cfr. Nm 21,8-9). A imagem do "levantamento" de Jesus refere-se, naturalmente, à cruz - passo necessário para chegar à exaltação, à vida definitiva. É aí que Jesus manifesta o seu amor e que indica aos homens o caminho que eles devem percorrer para alcançar a salvação, a vida plena (vers. 14).
Aos homens é sugerido que acreditem no "Filho do Homem" levantado na cruz, para que não pereçam mas tenham a vida eterna. "Acreditar" no "Filho do Homem", significa aderir a ele e à sua proposta de vida; significa aprender a lição do amor e fazer, como Jesus, dom total da própria vida a Deus e aos irmãos (vers. 15). É dessa forma que se chega à "vida eterna".
Depois destas afirmações gerais, o autor do Quarto Evangelho vai entrar em afirmações mais detalhadas. O que é que significa, exactamente, a cruz de Jesus? Como é que a cruz gera vida definitiva para o homem?
Jesus, o "Filho único" enviado pelo Pai ao encontro dos homens para lhes trazer a vida definitiva, é o grande dom do amor de Deus à humanidade. A expressão "Filho único" evoca, provavelmente, o "sacrifício de Isaac" (cfr. Gn 22,16): Deus comporta-se como Abraão, que foi capaz de desprender-se do próprio filho por amor (no caso de Abraão, amor a Deus; no caso de Deus, amor aos homens)... Jesus, o "Filho único" de Deus, veio ao mundo para cumprir os planos do Pai em favor dos homens. Para isso, incarnou na nossa história humana, correu o risco de assumir a nossa fragilidade, partilhou a nossa humanidade; e, como consequência de uma vida gasta a lutar contra as forças das trevas e da morte que escravizam os homens, foi preso, torturado e morto numa cruz. A cruz é o último acto de uma vida vivida no amor, na doação, na entrega. A cruz é, portanto, a expressão suprema do amor de Deus pelos homens. Ela dá-nos a dimensão do incomensurável amor de Deus por essa humanidade a quem ele quer oferecer a salvação (vers. 16).
Qual é o objectivo de Deus ao enviar o seu Filho único ao encontro dos homens? É libertá-los do egoísmo, da escravidão, da alienação, da morte, e dar-lhes a vida eterna. Com Jesus - o "Filho único" que morreu na cruz - os homens aprendem que a vida definitiva está na obediência aos planos do Pai e no dom da vida aos irmãos, por amor.
Ao enviar ao mundo o seu "Filho único", Deus não tinha uma intenção negativa, mas uma intenção positiva. O messias não veio com uma missão judicial, nem veio excluir ninguém da salvação. Pelo contrário, ele veio oferecer aos homens - a todos os homens - a vida definitiva, ensinando-os a amar sem medida e dando-lhes o Espírito que os transforma em Homens Novos (vers. 17).
Reparemos neste facto notável: Deus não enviou o seu Filho único ao encontro de homens perfeitos e santos; mas enviou o seu Filho único ao encontro de homens pecadores, egoístas, auto-suficientes, a fim de lhes apresentar uma nova proposta de vida... E foi o amor de Jesus - bem como o Espírito que Jesus deixou - que transformou esses homens egoístas, orgulhosos, auto-suficientes e os inseriu numa dinâmica de vida nova e plena.
Em resumo: porque amava a humanidade, Deus enviou o seu Filho único ao mundo com uma proposta de salvação. Essa oferta nunca foi retirada; continua aberta e à espera de resposta. Diante da oferta de Deus, o homem pode escolher a vida eterna, ou pode excluir-se da salvação.

ACTUALIZAÇÃO
¨ João é o evangelista abismado na contemplação do amor de um Deus que não hesitou em enviar ao mundo o seu Filho, o seu único Filho, para apresentar aos homens uma proposta de felicidade plena, de vida definitiva; e Jesus, o Filho, cumprindo o mandato do Pai, fez da sua vida um dom, até à morte na cruz, para mostrar aos homens o "caminho" da vida eterna... O Evangelho deste Domingo convida-nos a contemplar, com João, esta incrível história de amor e a espantar- nos com o peso que nós - seres limitados e finitos, pequenos grãos de pó na imensidão das galáxias - adquirimos nos esquemas, nos projectos e no coração de Deus.
¨ O amor de Deus traduz-se na oferta ao homem de vida plena e definitiva. É uma oferta gratuita, incondicional, absoluta, válida para sempre e que não discrimina ninguém. Aos homens - dotados de liberdade e de capacidade de opção - compete decidir se aceitam ou se rejeitam o dom de Deus. Às vezes, os homens acusam Deus pelas guerras, pelas injustiças, pelas arbitrariedades que trazem sofrimento e morte que pintam as paredes do mundo com a cor do desespero... O nosso texto, contudo, é claro: Deus ama o homem e oferece-lhe a vida. O sofrimento e a morte não vêm de Deus, mas são o resultado das escolhas erradas feitas pelo homem que se obstina na auto-suficiência e que prescinde dos dons de Deus.
¨ Neste texto, João define claramente o caminho que todo o homem deve seguir para chegar à vida eterna: trata-se de "acreditar" em Jesus. "Acreditar" em Jesus, não é uma mera adesão intelectual ou teórica a certas verdades da fé; mas é escutar Jesus, acolher a sua mensagem e os seus valores, segui-lo nesse difícil caminho do amor e da entrega ao Pai e aos irmãos. Passa pelo ser capaz de ultrapassar a indiferença, o comodismo, os projectos pessoais e pelo empenho em concretizar, no dia a dia da vida, os apelos e os desafios de Deus; passa por despir o egoísmo, o orgulho, a auto-suficiência, os preconceitos, para realizar gestos concretos de dom, de entrega, de serviço que tragam alegria, vida e esperança aos irmãos que caminham lado a lado connosco. A liturgia da Festa da Exaltação da Santa Cruz convida-nos a percorrer, com Jesus, esse caminho de amor, de dom, de entrega total que ele percorreu.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Jesus o bom pastor


Eu sou o Bom Pastor; o bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas". Lindas palavras que trazem doçura e paz à nossa alma.
É confortante saber que somos ovelhas pastoreadas pelo supremo pastor, em quem todas as coisas se tornam luminosa claridade.
Jesus nos revela o cuidado que Ele tem por nós. No seu infinito amor, a sua eterna bondade está sempre nos acolhendo, guardando e protegendo do mal.
Jesus proferiu a parábola do bom pastor, enquanto estava em Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos, em meados do mês de outubro. Este discurso está intimamente ligado àexpulsão do cego, curado no tanque de Siloé, do templo, pelos fariseus.
"Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas." João 10:1-2
Jesus frequentemente utilizava dos elementos presentes na vida cotidiana dos seus ouvintes. Na Palestina, as ovelhas são as vezes, a parte mais considerável do gado.

A Vida Pastoril na Palestina

Os rebanhos, que eram compostos em sua maioria de cabras e ovelhas, dependiam demasiadamente de água abundante. Porém com a escassez em diversos locais da palestina, vários pastores formavam uma espécie de sociedade, construindo um redil comum.
Construídos no campo com palha ou madeira, os redis eram frequentemente cercados por uma muralha de pedra, e, por sobre o muro, colocavam feixes de espinhos apoiados em pedras maiores. Ficava um guardião velando toda a noite para defender o aprisco das feras e dos ladrões.
Caso algum ladrão ou animal feroz subisse no muro, a pedra cairía e acordaria o pastor em vigília.

A Porta do Aprisco

Durante o dia, os pastores separavam os rebanhos, conduzindo-os aos diversos pastos. À tarde todos os animais eram reunidos no redil. O pastor que ficava à entrada do curral era chamado de "porta".
"Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas." João 10:7
Dar nome as ovelhas era uma prática antiga. Se em um redil estivessem as ovelhas de três pastores diferentes e a um deles pertencesse cinquenta ovelhas, somente as cinquenta atenderiam a sua voz.
"A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz." João 10:3-4
Lobos e ladrões ameaçavam as ovelhas. Esta é a razão pelo qual o pastor utilizava o seu cajado. Era neste momento em que se diferenciava o verdadeiro pastor, dono de suas ovelhas e o mercenário.
o bom pastor e suas ovelhasO Bom Pastor Conduz Suas Ovelhas.
O bom pastor enfrentava as feras e os ladrões, expondo a sua própria vida. Já o mercenário só se preocupava em obter o ganho das ovelhas e em caso de perigo, este fugia.

Eu Sou o Bom Pastor

Jesus se declara o bom pastor. A declaração "Eu Sou" tinha um significado muito importante para os judeus do primeiro século, pois Deus havia se revelado a Moisés de forma semelhante.
"Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas." João 10:11
Ele se declara a porta do redil. O Mestre é aquele que dá a vida e acesso ao alimento espiritual, como o pastor que ficava à porta do redil, velando toda a noite, protegendo e cuidando das suas ovelhas. A noite falava de tempos de escuridão, tempos difíceis, tempos de angústias e sofrimento.
Mas os discípulos de Jesus têm a promessa de que o verdadeiro Bom Pastor estará em uma vigília eterna, à porta do seu aprisco, pronto a defender cada uma de suas ovelhas, de todo perigo. E Ele mesmo é o dono dos mais verdes campos para as pastagens, Ele tem em abundância o alimento espiritual que dá a vida eterna.
As suas palavras são o alimento para a nossa alma, pois são espírito e vida, que nutrem e fortificam o homem espiritual.
"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens." João 10:9
Jesus é o bom pastor que entregou a sua vida física para nos dar direito à uma vida espiritual, a vida eterna. Ele reunirá todas as suas ovelhas dos quatro cantos da terra. Até aquelas que "dormem" ouvirão a sua voz e se levantarão dos seus sepulcros, em glória.

O Ladrão Vem Para Roubar Matar e Destruir

"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." João 10:10
Há muitos falsos mestres, que estão interessados naquilo em que as ovelhas podem oferecer. Preocupam-se em tirar o que puderem das ovelhas. Os ladrões tiram até a vida, porém o Senhor concede vida.
O mercenário é aquele que cuida do rebanho visando apenas seus próprios interesses.

O Bom Pastor Conhece as Suas Ovelhas

O bom pastor conhece as suas ovelhas e delas é conhecido, ou seja, há uma comunhão entre Jesus e seus servos, semelhante à comunhão entre o Pai e o Filho.
"Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas." João 10:14-16
Jesus tem a autoridade de oferecer voluntáriamente a sua própria vida por suas ovelhas, e como Deus, tem também o poder de voltar a tomá-la. Jesus conhecia as suas ovelhas, e tratava todas com equidade, justiça e igualdade.

O Bom Pastor:

  • Curou pessoas de todas as classes sociais, tanto as desprezadas quanto as ricas;
  • Compreendeu as emoções das pessoas, seus medos, tristezas, desespero, ansiedades e conflitos, e nunca as desprezou por isso;
  • Demonstrou paciência e compaixão quando se deparou com enfermos;
  • Curava enfermidades e perdoava pecados;
  • Não permitiu que tradições religiosas o impedissem de aliviar o sofrimento humano;
  • Distribuiu graça, alegria, paz e misericórdia.

Jesus Profetiza o Crescimento da Sua Igreja

"Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor." João 10:16
Havia muitas ovelhas que não eram do aprisco de Israel. Jesus já falava em relação à sua Igreja, presente hoje no mundo inteiro. Ele mesmo foi quem garantiu a vitória a todos aqueles que o obedecem e que o amam.
Hoje tanto os judeus convertidos, quanto a igreja do Senhor constituem e formam um só corpo, rebanho de um único pastor, o Rei Jesus.
Ser uma ovelha de Jesus é conhecer e ser conhecido dele. Aquele que conhece a voz do Bom Pastor cumpre os seus mandamentos.
Ele nos deixou a promessa de que ninguém tem o poder de tirar as suas ovelhas de suas mãos! Creia, estamos seguros em Deus.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

O que é um Grupo de Oração



O G.O. é a célula fundamental da Renovação Carismática Católica, é a expressão máxima e principal da RCC, tendo três momentos distintos: núcleo de serviço, reunião de oração e grupo de perseverança.

Podemos também definir Grupo de Oração como sendo uma comunidade carismática que cultiva a oração, a partilha e todos os outros aspectos da vivência do Evangelho, a partir da experiência do batismo no Espírito Santo.

Trata-se de uma reunião semanal na qual um grupo de fiéis coloca-se diante de Jesus, sob a ação do Espírito Santo, para louvar e glorificar a Deus, participar dos dons divinos e edificar-se mutuamente.
O grupo de oração da RCC não deve esquecer, obviamente, de sua identidade carismática. Os outros grupos dentro de outras experiências são importantes para a Igreja e para as pessoas, mas o Grupo de Oração carismático tem características próprias: Batismo do Espírito Santo e o uso dos Carismas.

Cada Grupo de Oração precisa ser, na Igreja e no mundo, rosto e memória de Pentecostes, assumir a responsabilidade pela transformação da nossa cultura, criando não só na Igreja, mas no mundo todo, uma cultura de Pentecostes através da qual todos busquem a construção do Reino de Deus. A vivência dessa vocação da Renovação Carismática pede uma consagração sincera de cada um de nós, sem reservas, mantendo a perseverança até nossa Páscoa definitiva.

Um Grupo de Oração cumpre bem sua missão quando seus integrantes vivem plenamente a vida de oração, pessoal e comunitária, aliada à formação, guardiã dos carismas.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Novena da exaltação da Santa Cruz

 Novena da Exaltação da Santa Cruz

Oração para todos os dias

Pelo sinal da santa cruz; livrai-nos Deus Nosso Senhor; dos nossos inimigos. 
Senhor Jesus por Tuas chagas fomos curados!
Por Tua cruz fomos libertados!

Jesus que em seu próprio corpo levou nossos pecados ao madeiro a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; p
or Tuas chagas fomos curados. (1Pe 2,24)Ó Jesus, em cujos ombros foram abertas feridas por causa do peso da cruz, feridas causadas pelo madeiro e pelos nossos pecados,
Se a cruz pesar seja nosso Cirineu,
Se a cruz pesar e eu cair, ajuda-me a levantar,
Que a Tua cruz seja a minha salvação.

***

Ó Santa Cruz bendita onde a humanidade foi redimida e o Filho do homem teve suas mãos transpassadas e o seu peito aberto de onde jorrou água e sangue.
Ó Santa Cruz, instrumento de morte e de castigo, mas que pelo Sangue Redentor tornou-se sinal de nossa salvação.
Jesus na Tua cruz eu coloco a minha cruz.

(Coloque sua intenção)
Salve, ó cruz, doce esperança, concede aos réus remissão;
dá-nos o fruto da graça, que floresceu na Paixão.
Louvor a vós, ó Trindade, fonte de todo perdão
aos que na Cruz foram salvos, dai a celeste mansão.

Jesus dai-nos a graça de viver os frutos da Tua redenção. (3x)
Amém.