quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Emaus não é nosso lugar

Em Lucas 24 do versículo 13 ao 35 encontramos um texto maravilhoso onde ABA Pai me mostrou algumas coisas que quero compartilhar com vocês hoje.
A história fala de dois discípulos de Jesus que estavam saindo de Jerusalém em direção a uma aldeia chamada Emaús. Jesus tinha morrido na Cruz, Jerusalém estava debaixo de uma grande confusão, houve um terremoto, a terra foi sacudida, o céu escureceu, um eclipse apareceu as três da tarde, o véu do templo se rasgou de alto a baixo e se não bastasse isso, alguns sepulcros se abriram, mortos ressuscitaram e começaram a andar pelas ruas de Jerusalém.
Uau !!! Que loucura, imagine só quanta confusão isso causaria em qualquer do mundo hoje... No meio de tudo isso, um grupo de pessoas ficaram completamente perdidas. Os discípulos de Jesus.
Alguns, seguindo a Pedro, foram pescar, outros ficaram fechados dentro de suas casas lamentando e chorando, outros se reuniram para compartilhar suas tristezas e quem sabe serem contaminados por uma palavra de fé e de esperança. Algumas mulheres foram para o sepulcro e ficaram ali aguardando e guardando o corpo de JESUS, e outros, como esses dois discípulos saíram de Jerusalém.
Esses dois aqui no caminho de Emaús estavam compartilhando suas tristezas e decepções quando Jesus aparece no meio deles. Jesus pergunta a eles do que eles estavam falando e a partir daí eles começaram a expor para Jesus suas decepções, e expectativas não alcançadas. Eles tinham esperado que Jesus os tivesse livrado da opressão de Roma, (versículos 21). Estavam decepcionados com Jesus.
Ele não atendeu as expectativas deles... Saíram de Jerusalém e foram em direção a Emaús. Jesus então chama a atenção deles para as palavras proféticas a seu respeito e os faz entender que o que tinha acontecido estava completamente de acordo com as profecias. Quando chegou perto de Emaús, Ele fez menção de passar adiante deles.Isso é, Jesus ia deixar eles.Eles então oc onvidam a ficar com eles e quando se sentam à mesa, o Senhor abençoa e parte o pão. Seus olhos, então se abrem e o Senhor desaparece diante deles. Na mesma hora se levantaram e voltaram para Jerusalém!!! Sabem de uma coisa meus queridos, tristeza e decepção para a gente, (Versículo 17). Quantos de nós paramos por causa de uma tristeza ou uma decepção? Quantas vezes esperamos que o Senhor faça algo que Ele não faz? Quem nunca se decepcionou com o Senhor??? Sabe porque? Porque na maioria das vezes nós não pedimos com sabedoria, não sabemos o que pedir e nem como pedir"... Pedimos mal, diz a Bíblia e com isso não recebemos a nossa resposta esperada... Então, nos decepcionamos e nos quedamos entristecidos. Fazemos pirraça, e tudo o mais...
Mas, Jesus é maravilhoso, e Ele não nos abandona no caminho de Emaús. ALELUIA!!! Ele vai até lá, só que às vezes a gente nem percebe a presença d´Ele, estamos cegos demais pela tristeza e decepção. Mas, Ele está ali, falando conosco, nos fazendo lembrar das Palavras proféticas, nos lembrando do nosso chamado, e mais ainda, se o convidarmos para entrar e ficar um pouco mais tempo conosco Ele então vai se revelar ainda mais. ONDE? Pois bem, basta olhar no versículo 30. Ele se revela na MESA DA COMUNHÃO !!! UAU!!! Que maravilha pense nisso: Jesus assentado, orando e partindo o pão. Eu acho que eles iriam ficar apenas com o coração aquecido(versículo 32), caso eles não tivessem ido além e chamado Jesus para entrar e ficar com eles.
Aliás, você também pode apenas sentir um arrepio, ou até mesmo uma esquentadinha no seu coração se não convidar Ele para entrar e sentar à mesa com voce. Ouvir suas Palavras é maravilhoso, mas, ter Ele sentado ao nosso lado orando e partindo o pão, não tem nem comparação. Esse tempo de comunhão com Jesus levou aqueles discípulos a tomar uma corajosa decisão. Eles se levantaram imediatamente e voltaram para Jerusalém. Já era noite, viajar a noite já naquela época não era seguro... Então isso nos diz que, mesmo que tenhamos que nos arriscar, o melhor é voltar imediatamente para Jerusalém! Sempre será um risco voltar.Ainda mais se isso incluir ter que se arrepender, ter que pedir perdão, se submeter... Ai, ai, ai...
Mas, meus queridos olhem só, muito pior teria sido continuar no caminho de Emaús. Nesse lugar que eu chamo de caminho da murmuração. No caminho de Emaús", até Jesus chegar só temos a companhia da auto piedade, estamos tão decepcionados com tudo e com todos que só nos resta nós mesmos, pelo menos nos primeiros quilômetros, porque já, já, nem nós mesmos sobraremos a tanta decepção e tristeza. Vamos lá, perceba Jesus na sua estrada de Emaús", ouça Sua voz, e depois, não fique em Emaús se lamentando por não ter percebido Jesus falando com voce, ou coisa do tipo... Levante-se, deixe a decepção e a tristeza de mãos dadas lá em Emaús e volte para Jerusalém, onde é o nosso lugar!!!

Dia de todos os santos


A Igreja Católica é a maior organização religiosa cristã e reúne cerca de 1 bilhão de fiéis espalhados por todo o mundo. O Brasil é considerado o maior país católico do mundo. De acordo com pesquisa divulgada pelo Datafolha, 64% dos brasileiros se declararam fiéis ao catolicismo (fonte - Datafolha 2007).
O catolicismo tem como premissa de fé o culto aos santos. A Igreja Católica acredita que, todos os homens excessivamente virtuosos, podem ser canonizados após suas mortes e, por estarem próximos a Deus, realizar milagres na terra.
O processo pelo qual uma pessoa se torna santa é chamado de canonização e pode ser bastante demorado. A Igreja Católica já canonizou aproximadamente 3 mil pessoas. No Brasil, já foi canonizada a madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus (Santa Paulina), cuja canonização aconteceu no dia 19 de maio de 2002, e recentemente foi canonizado o Frei Galvão, em maio de 2007. Para saber como alguém se torna santo, clique aqui. Além dos santos canonizados oficialmente, o Brasil possui inúmeros outros santos homenageados por aqui, como a nossa padroeira, Nossa Senhora Aparecida.

Imagem cedida pela Agência Brasil
Crédito: Fábio Pozzebom/ABr
Tão longe, tão perto

Através da comemoração do Dia de Todos os Santos a Igreja Católica busca aproximar os seus fiéis a Deus. Todos os santos celebrados nesse dia foram pessoas de carne e osso que tiveram condutas exemplares durante sua vida terrena. Dessa forma, a Igreja procura mostrar às pessoas através do exemplo, que todos têm potenciais para tornarem-se santos.
Os católicos costumam homenagear os seus santos no dia do aniversário de suas mortes. Porém, o número de santos canonizados é muito superior ao número de dias do ano, sendo assim, poucos deles são oficialmente homenageados no dia de sua morte. Para resolver esse problema, o Papa Bonifácio IV, criou o Dia de Todos os Santos, com o intuito de homenagear todos os santos em um único dia.
Isso aconteceu no século VII e naquela época o Dia de Todos os Santos era comemorado no dia 13 de maio. No século seguinte (em 835), porém, o Papa Gregório III, mudou a data que passou a ser celebrada no dia 1º de novembro. Dizem os historiadores que o principal objetivo da mudança da data foi para que ela passasse a coincidir com o Samhain – Ano-Novo para os Bruxos (comemoração que deu origem ao Halloween), buscando dessa forma, atrair os “pagãos” (possíveis novos fiéis) para a celebração católica .
O significado da celebração

Segundo a crença católica, o Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados, portanto não têm um dia específico de culto.
No Brasil, assim como em toda a América Latina, o Dia de Todos os Santos não é considerado feriado nacional. Muitas pessoas, porém, vão à Igreja assistir a missas especiais em celebração aos santos. Outras ainda procuram ir aos cemitérios para limpar as sepulturas, levando flores, e deixando-as prontas para o dia seguinte, 2 de novembro, quando é celebrado o Dia de Finados. Os mexicanos celebram a data dessa mesma maneira, a diferença porém, é que os mexicanos chamam a data de Dia dos Santos Inocentes.

Imagem cedida pela Agência Brasil
Crédito: Fábio Pozzebom/ABr
Em Portugal, no Dia de Todos os Santos as crianças saem juntas à rua para pedir o “pão-por-deus” de porta em porta, recitando versos e recendo em troca, pão, broas, bolos, romãs, frutas secas, nozes, amêndoas,ou castanhas que colocam dentro dos seus sacos de pano. É também costume em algumas regiões, os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro. Em determinadas povoações a data também é conhecida como "Dia dos Bolinhos".
Diz a lenda que...

... no dia 1° de novembro todos os demônios e espíritos malignos andam livremente pelo mundo, voltando às regiões abissais à meia-noite do Dia dos Finados. Diz a lenda ainda que o Halloween, 31 de outubro, véspera do Dia de Todos os Santos, é uma espécie de preparaçao para enfrentar e repelir o mal no dia seguinte.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Deixe que os mortos enterrem seus mortos

Por que Jesus disse para os mortos sepultarem os mortos?

Para entender a resposta que o Senhor dá ao homem que queria sepultar o próprio pai antes de seguir a Jesus é preciso ler o contexto no qual aparecem três classes de candidatos a discípulo de Jesus: o auto-confiante, cujo coração o Senhor sabe estar preocupado com o conforto material; o dedicado às tarefas e responsabilidades lícitas, porém que coloca o Senhor em segundo plano, e aquele cuja senda da fé acaba sendo comprometida pelos laços familiares e por sua preocupação em não desapontar parentes e amigos.



Luc 9:57-58  E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores. E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.

O primeiro não está perguntando se deve seguir ou se o Senhor quer ser seguido por ele, mas simplesmente afirma que irá a qualquer lugar com Jesus. Ao contrário do segundo homem no versículo 59, ao qual Jesus chama, este não recebeu o chamado. Mas pela resposta de Jesus, que conhece os corações, dá para perceber que o homem não imagina o que é seguir aquele que não tem morada certa e que, neste mundo, sequer podia contar com o mínimo conforto e segurança que até aves e animais têm. Muitos hoje são atraídos pelas promessas de prosperidade de falsos pregadores e se mostram dispostos a "seguir" a Jesus, mas certamente não é o mesmo Jesus dos evangelhos que eles pretendem seguir.

Luc 9:59-60  E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.

Ao contrário do primeiro, que não foi chamado, o Senhor chama a este para segui-lo, mas ele tem algo para resolver antes: o sepultamento do próprio pai. Ele diz: "Deixa que PRIMEIRO eu vá enterrar meu pai". A resposta dá uma clara indicação de suas prioridades. Seguir a Jesus era a SEGUNDA coisa em sua vida. É claro que Deus quer que cada um cumpra com suas responsabilidades, mas neste contexto em que aparecem três perfis de candidatos a seguidores devemos ter em mente que Jesus quer trazer para fora de cada um o que está no coração. É sempre assim quando a Palavra de Deus atinge uma alma. "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4:12).

A repreensão de Jesus mostra que os espiritualmente mortos devem se ocupar de sepultar os que estão fisicamente mortos, já que não são capacitados a pregar o reino de Deus. Muitas vezes os cristãos perdem seu tempo fazendo tarefas que, se fossem relegadas aos incrédulos, permitiria que tivessem mais tempo para se ocuparem com aquilo que realmente importa nesta vida: os assuntos de Deus.

Luc 9:61-62  Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa. E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.

O terceiro candidato a discípulo é semelhante ao primeiro, já que não é chamado a seguir, mas se apresenta voluntariamente. Porém, como o segundo, ele tem algo que vem PRIMEIRO: sua família. Muitas vezes a família pode se transformar em tropeço para o crente, principalmente quando familiares incrédulos usam de chantagem emocional para impedir que o crente tenha comunhão com Deus, dedique-se à adoração, à oração, à comunhão com seus irmãos ou, como é o caso da prioridade colocada aqui, a anunciar o reino. Quem já arou a terra com um arado puxado a animais de tração sabe o quanto de atenção é exigida para manter o alinhamento. Qualquer olhada para trás faz o arado perder a direção e comprometer o plantio e a colheita. Quem está empenhado em seguir a Jesus não pode se deixar levar por distrações.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

23 de Outubro - São João de Capistrano

Filho de barão alemão e de mãe italiana dos Abruzos, João resumia em si a tenacidade da gente germânica e a desenvoltura dos mediterrâneos. Foi infatigável organizador de obras de caridade, mensageiro de paz, mas também animador das tropas cristãs que combatiam às portas de Belgrado contra os invasores turcos.


“Seja avançando, seja retrocedendo, seja golpeando ou sendo golpeados”, gritava, com sua voz estentórica e sua longa cabeleira loira, que “fazia uma bela dança”, “invocai o nome de Jesus. Só nele há salvação!”

Em razão de sua origem e de seu aspecto nórdico, chamavam-no Giantudesco. * Doutorou-se in utroque iure em Perúgia e foi logo nomeado juiz e governador da capital da Úmbria. Havia-se casado, mas com a conquista de Perúgia pelos Malatesta, perdeu a mulher, o alto cargo e a própria liberdade.

De fato, foi parar na prisão, onde teve todo o tempo para meditar sobre a vaidade e a fugacidade das honras mundanas. Saiu transformado interiormente, mas não enfraquecido nas forças nem no desejo de trabalhar pelo bem da Igreja.

Visto seu casamento ter sido declarado nulo, foi acolhido no convento franciscano dos observantes — frades que haviam acolhido a reforma propugnada por são Bernardino de Sena, do qual João se tornaria amigo e fiel discípulo.

Passou o resto da vida como legado papal em vários Estados, da Palestina à Silésia e à Boêmia, onde entrou em choque com o movimento hussita. Os papas, que o tiveram como conselheiro, confiaram-lhe repetidas missões diplomáticas em toda a Europa. Sua ordem o enviou à Terra Santa e aos Países Baixos, como visitador.

O imperador Fernando III chamou-o à Áustria para organizar a cruzada contra os turcos e o enviou à Hungria e aos Bálcãs. Surpreende a rapidez com que comparecia aos pontos mais remotos do velho continente, levando-se em conta que o único meio de locomoção era o lombo de mula.

Principal inspirador da heróica resistência dos húngaros contra a ameaça turca, morreu no cumprimento de sua tarefa, em Ilok. Foi canonizado em 1724.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Tudo pode ser mudado pela força da oração

A vitória na batalha de Lepanto, foi atribuída a Nossa Senhora. No dia 07 de outubro de 1571, em Roma na Praça de São Pedro, foi feita uma procissão de Nossa Senhora e rezado o rosário para que a missão da “Liga Santa” , que tinha ido combater os turco otomanos que queriam invadir a Europa pelo oeste, com o intento de impor o islamismo no continente. As embarcações católicas que eram em menor número venceram a dos turcos otomanos, esse foi um grande milagre atribuído a Nossa Senhora do Rosário. Em 1572 o Papa Pio V instituiu a festa de Nossa Senhora da Vitória para comemorar a milagrosa vitória da batalha de Lepanto. Após as reformas do Concilio Vaticano II esta festa litúrgica passou a ser celebrada como Festa de Nossa Senhora do Rosário.
O que isso tem conosco no momento atual no Brasil?
A Virgem Maria, Mãe do Senhor, visitou o Brasil na década de 1930 num sítio no interior do Recife, falando a duas meninas, uma delas tornou-se freira, chamada Irmã Adélia. Com o título de Nossa Senhora das Graças, preveniu as jovens que três castigos se abateriam sobre o Brasil e que o país seria tomado pelo Comunismo. Porém, a Virgem Maria ofereceu o remédio para impedir isso: oração e penitência.
Celebramos ontem Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira do Brasil, que intercedeu pela libertação da escravidão no nosso país, e os escravos foram libertos.
Hoje é a data da memória da última aparição de Nossa Senhora em Fátima, e lá ela pediu oração e penitência.
Minha proposta é para que nesse período de hoje até o dia das eleições no segundo turno, nós intensifiquemos nossas orações, pedindo a Jesus por intercessão da Virgem Maria, que o Brasil seja liberto do castigo do comunismo e de suas consequências para o nosso povo. Não militamos para nenhum partido ou aliança política, a nossa militância é espiritual, somos intercessores, precisamos de visão espiritual, maturidade e compromisso com a fé da Igreja e com a verdade, colocando-nos sempre do lado do bem comum e do compromisso com os valores inegociáveis, da vida e da família tradicional.
Rezemos o terço (rosário), façamos jejum nas quartas e sextas-feiras na intenção do Brasil, faça alguma penitência pela libertação da nossa nação. É tempo de guerra espiritual e do céu virá o socorro: “Pois a vitória na guerra não depende do tamanho do exército mais da força que vem no céu”. (1 Mac 3, 19).
Deus se levantará em favor do Brasil. Que Ele te abençoe. A vitória é certa!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

São Domingos apostolo do Rosario

FUNDADOR DA ORDEM DOS PREGADORES (DOMINICANOS) - OP

Domingos (ou Dominique) nasceu no ano de 1170, em Caleruega, pequena localidade na Velha Castelha. O pai, Félix de Gusmão, pertencia a uma família de alta linhagem na Espanha; a mãe era Joana de Aza. Antes de Domingos nascer, sua mãe, em sonho misterioso, viu um cão que trazia na boca uma tocha acesa, de que irradiava luz sobre o mundo inteiro. Efetivamente, São Domingos veio a ser uma luz extraordinária de caridade e de zelo apostólico, que dissipou grande parte das trevas das heresias e restabeleceu a verdade em milhares de corações vacilantes. 
Domingos, foi o nome dado à criança, devido à uma devoção que a mãe do santo tinha com São Domingos de Silos, do qual um dia teve uma aparição, comunicando-lhe os planos divinos em referência ao recém-nascido. A esse aviso extraordinário, os pais corresponderam com esmerada atenção na educação do filho. Domingos, pequeno ainda, deu provas de inclinação declaradíssima às coisas de Deus. 
Seis anos contava o menino, quando os pais o confiaram à direção de um tio, reitor de uma igreja em Gumyel. Sete anos passou Domingos na escola daquele sacerdote, aprendendo, além das primeiras letras, como sejam, acolitar, enfeitar os altares e cantar no coro. Terminado este curso prático, transferiu-se para Valência, cidade episcopal no reino de Leon, onde existia uma universidade que mais tarde, em 1217, passou para Salamanca.
Durante o tempo dos estudos em Valência, isto é, durante seis anos, dedicou-se à arte retórica, além da filosofia e teologia. Acompanharam-lhe os trabalhos científicos às práticas da piedade, inclusive, severas penitências. Retraído por completo do mundo, visitava somente os pobres e doentes, protegia as viúvas e órfãos. Por ocasião de uma grande fome, vendeu os livros para poder socorrer os necessitados. Certa vez, ofereceu sua própria pessoa para resgatar um jovem que caira nas mãos dos mouros. 
A caridade de Domingos, não satisfeita com as obras corporais de misericórdia, estendia-se principalmente ? s necessidades espirituais do próximo. Para este fim, desenvolveu um zelo extraordinário, como pregador. O primeiro fruto deste labor apostólico, foi a conversão do amigo e companheiro dos estudos, Conrado, que mais tarde entrou para a ordem de cister, elevado posteriormente à dignidade de Cardeal da Santa Igreja.
Domingos contava apenas vinte e quatro anos e era considerado um dos mais competentes mestres da vida interior. Dom Diego de Asebes, bispo de Osma, conhecendo os brilhantes dotes de Domingos, convidou-o a incorporar-se ao cabido da diocese, esperando desta aquisição uma reforma salutar do clero. O prelado não se viu iludido nas suas previsões. Domingos em pouco tempo, foi objeto da admiração de todos, como modelo exemplaríssimo em todas as virtudes cristãs. 
Como cônego de Osma, Domingos percorreu diversas províncias da Espanha, pregando por toda a parte a palavra de Deus, pela conversão dos pecadores, cristãos e maometanos. Uma das conversões mais sensacionais que Deus operou por intermédio de Domingos foi a de Reiniers, célebre heresiarca, que mais tarde tomou o hábito dos frades dominicanos. 
Domingos não era ainda sacerdote. Do bispo de Osma recebeu a unção sacerdotal, continuando depois a missão apostólica de pregador. Quando em 1224, por ordem do rei Afonso de Castelha, o bispo de Osma foi à França na qualidade de embaixador real, a fim de tratar dos negócios matrimoniais do príncipe herdeiro Fernando, com a princesa de Lussignan, Domingos acompanhou-o. Na província de Languedoc, puderam de perto observar as horríveis devastações feitas pelos albingenses. Numa segunda viagem que empreenderam, cujo fim era buscar a princesa e entregá-la ao esposo, tiveram o grande desgosto de não a encontrar entre os vivos. Chegaram ainda a tempo de assistir-lhe ao enterro. 
Preferiram, então, ficar na França, para dedicar-se à campanha contra os hereges. O bispo Diego, com o consentimento do Papa, ficou três anos na província de Languedoc. Passado este tempo, voltou  à diocese. 
A São Domingos, que foi nomeado superior da Missão, associaram-se doze abades cistercienses. Pouco tempo, porém, durou o trabalho coletivo. Dom Diego voltou à Espanha, os cistercienses retiraram-se para os seus claustros e o próprio Legado pontifício abandonou o solo francês. 
Domingos não desanimou apesar da missão ter-se-lhe tornado dificílima e perigosa. Com mais oito companheiros que lhe foram mandados, continuou os trabalhos apostólicos. A inconstância, porém, que encontrou nos coadjutores, fez nele amadurecer a idéia de fundar uma nova Ordem, cujos membros, por um voto, se dedicassem à obra da pregação. Os primeiros que se lhe associaram foram Guilherme de Clairel e Domingos, o Espanhol. Em 1215 a nova comunidade contava já dezesseis religiosos, com seis espanhóis, oito franceses, um inglês e um português. Para assegurar-se da aprovação pontifícia, Domingos em companhia do bispo de Toulouse foi à Roma e apresentou-se ao Papa Inocêncio III. Coincidiu ele chegar à capital da Cristandade na abertura do Concílio de Latrão. 
Opinaram os padres que em vez de aprovar as regras de novas ordens, devia o Concílio dirigir a atenção para as Ordens já existentes e aperfeiçoar-lhes as constituições. Inocêncio III, baseando-se nestas decisões, negou-se, por diversas vezes, em dar aprovação à regra da Ordem fundada por Domingos. Aconteceu, porém, que o Papa teve uma visão, quase idêntica à que lhe fez aprovar a Ordem de São Francisco de Assis, em 1209. Não querendo contrariar a obra do santo homem, deu consentimento à fundação da Ordem, prometendo a Domingos expedir a bula, logo que este tivesse adotado uma regra de ordem já aprovada pela Igreja. Domingos decidiu-se em favor da regra de Santo Agostinho, ? qual acrescentou mais algumas constituições, como por exemplo, o silêncio, o jejum e a pobreza. 
Quando Domingos, pela segunda vez chegou à Roma, já não encontrou o Papa Inocêncio III, mas o sucessor deste, Honório III. Contrariamente ao que receava, obteve a aprovação da ordem, que veio a ser chamada Ordem dos Pregadores. Nomeado o primeiro superior, fez a profissão nas mãos do Papa. 
Graças à generosidade do bispo de Toulouse e do conde Simão de Montfort, Domingos pode construir o primeiro convento em Toulouse. O número dos religiosos crescera consideravelmente, de modo que Domingos pode introduzir em a novel comunidade e regra recém-aprovada. 
Pouco tempo depois, Domingos voltou à Roma e fundou diversos conventos na Itália. Em Roma, conheceu São Francisco de Assis, a quem se ligou em íntima amizade. Em 1218 foi a Bolonha fundar um convento, perto da Igreja de Nossa Senhora de Mascarella. Um ano depois, teve Domingos a satisfação de fundar outro na mesma cidade, sendo que este, tempos depois, veio a ser um dos mais importantes da Ordem na Itália.
O exemplo de São Francisco de Assis e o admirável desenvolvimento da Ordem por ele fundada, influiu grandemente no espírito de são Domingos. Como o Patriarca de Assis, introduziu S. Domingos na sua ordem o voto de pobreza em todo o rigor. 
São Domingos convocou três capítulos gerais e teve o prazer de ver a Ordem se estabelecer na Espanha, em Toulouse, na Provença e na França toda. Conventos surgiram na Itália, Alemanha e Inglaterra. O próprio fundador mandou emissários à Irlanda, Noruega, Ásia e Palestina. 
São Domingos morreu no dia 06 de agosto de 1221, na idade de 51 anos. Numerosos milagres por seu intermédio Deus se dignou de fazer. O Papa Gregório IX inseriu-lhe o nome no catálogo dos Santo, em 23 de julho de 1234. Muito concorreu para o culto de S. Domingos na Igreja Católica, a devoção do Santíssimo Rosário, de quem era grande Apóstolo. 
A Ordem dos pregadores deu ? Igreja, muitos Santos, entre estes o grande São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santa Catarina de Siena, São Vicente Ferrer, o Papa Pio V. 

REFLEXÕES 

As grandes virtudes que admiramos em S. Domingos devem ser para nós incentivos de imitá-lo. A virtude que mais caracteriza a vida desse grande santo é o zelo, não só de preservar a alma de todo o pecado, como também salvar a alma do próximo. Vendo uma alma em perigo de perder-se, era para Domingos uma preocupação séria.
Se tivéssemos um pouco desse zelo apostólico a miséria espiritual do próximo não nos deixaria tão indiferentes. Antes de tudo, porém, devemos cuidar da nossa própria alma. Nossa alma é imortal, destinada a gozar da eterna felicidade em Deus. Se não alcançar esta felicidade terá por sorte o desespero eterno. Os anos que vivemos aqui na terra são o começo da vida espiritual na eternidade. Se nossa alma é eterna e imortal, nossa felicidade não pode estar baseada nos bens deste mundo, que hoje existem e amanhã nenhum valor terão. 
No dia em que nosso corpo for levado para o repouso eterno, o mundo perderá para nós toda a importância e bem depressa, será apagada a memória da nossa existência. Riqueza, honra, elogios, calúnias e escárnios - tudo passa, mas a alma ainda existirá! Tolice é, pois, dar ao mundo uma importância que não tem; prestar-lhe honras e atenções que não merece. A alma é que merece todo o nosso cuidado. O mundo passa, a alma fica. Servir a Deus e tratar de santificar-se é o verdadeiro fim do homem na terra. Tolo é aquele que põe em jogo a eternidade; tolo é aquele que cuida de tudo, menos da eternidade. Se os santos pudessem ter um pesar, seria sem dúvida, o de não ter aproveitado ainda melhor o tempo da vida aqui na terra para servir a Deus. Entra, sem demora, nas pegadas dos santos e põe tua vida toda inteiramente ao serviço de Jesus Cristo. 

sábado, 4 de outubro de 2014

São Francisco de Assis


São Francisco de Assis
1182-1226
Fundou a Ordem dos Franciscanos
a Ordem dos Capuchinhos
e a Ordem dos Franciscanos Conventuais

04 de Outubro - São Francisco de Assis


Este gigante da santidade era fisicamente de modesta estatura, tinha barbicha rara e escura. E, no plano cultural, ainda mais modesto. Conhecia o provençal, ensinado pelo pai, por ter feito algumas leituras de romances de cavalaria. Era um hábil vendedor de tecidos, ao lado de um pai que lhe enchia a bolsa de moedas. Nas alegres noitadas com os amigos, Francisco não media despesas. Participou das lutas entre as cidades e conheceu a humilhação da derrota e de um ano de prisão em Perúgia.

No regresso, fez-se armar cavaleiro pelo conde Gualtério e esteve a ponto de partir para a Apúlia; mas em Espoleto, “pareceu-lhe ver”, conta são Boaventura na célebre biografia, “um palácio magnífico e belo, e dentro dele muitíssimas armas marcadas com a cruz, e uma voz que vinha do céu: São tuas e dos teus cavaleiros”. 

A interpretação do sonho veio-lhe no dia seguinte: “Francisco, quem te pode fazer mais bem, o senhor ou o servo?” Francisco compreendeu, voltou sobre seus passos, abandonou definitivamente a alegre companhia e enquanto estava absorto em oração, na igreja de São Damião, ouviu claramente o apelo: “Francisco, vai e repara a minha Igreja que, como vês, está toda em ruínas”.
O jovem não fez delongas e, diante do bispo Guido — a cuja presença o pai o conduzira à força para fazê-lo desistir —, despojou-se de todas as roupas e as restituiu ao pai.
Improvisou-se em pedreiro e restaurou do melhor modo possível três igrejinhas rurais, entre as quais Santa Maria dos Anjos, dita Porciúncula. Uma frase iluminante do Evangelho indicou-lhe o caminho a seguir: “Ide e pregai... Curai os enfermos... Não leveis alforje, nem duas túnicas, nem sapatos, nem bastão”.

Na primavera de 1208, 11 jovens tinham-se unido a ele. Escreveu a primeira regra da ordem dos frades menores, aprovada oralmente pelo papa Inocêncio III, depois que os 12 foram recebidos em audiência, em meio ao estupor e à indignação da cúria pontifícia diante daqueles jovens descalços e mal-vestidos.

Mas aquele pacífico contestador teve também a solene aprovação do sucessor, Honório III, com a bula Solet annuere, de 29 de novembro de 1223.

Um ano depois, na solidão do monte Alverne, Francisco recebeu o selo da Paixão de Cristo, com os estigmas impressos em seus membros. Depois, ao aproximar-se da “irmã Morte”, improvisou seu “Cântico ao irmão Sol”, como hino conclusivo da pregação de seus frades. Por fim, pediu para ser levado à sua Porciúncula e deposto sobre a terra nua, onde se extinguiu cantando o salmo "Voce mea", nas vésperas de 3 de outubro.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Outubro mês Missionário

Certa vez, em uma aldeia, havia um rio que ninguém ousava tomar 

banho nele, pois era muito fundo e a correnteza era forte. Certo 

dia um garoto aproximou-se do rio e resolveu entrar. Em poucos 

instantes o garoto estava gritando por socorro, pois começou a 

afogar-se. Toda a aldeia veio para ver o que estava acontecendo, 

mas ninguém ousou entrar. De repente veio uma mulher gritando 

e chorando, pois era o seu filho que estava na água... Um homem 

vendo o desespero daquela mãe, resolveu entrar para resgatar o 

garoto, mas impôs uma condição, ele amarraria uma corda em sua 

cintura e as pessoas que estavam às margens teriam que segurar a 

outra ponta e puxarem-na assim que ele alcançasse o garoto. E, 

eles aceitaram a proposta.


Chegando no meio do rio o homem conseguiu agarrar o garoto e 

gritou para que as pessoas os resgatassem puxando a corda, mas a 

multidão que estava à margem discutia de quem era a obrigação 

de segurar a corda. Outros discutiam sobre quem pagaria a corda 

caso ela fosse arrastada junto com aquele homem. Com isso 

esqueceram-se de segurar a corda, e os dois foram vencidos pela 

correnteza... e afogaram-se. Quando deram fé, era tarde demais. 


Este rio representa o mundo, o garoto, as pessoas perdidas sem 

Jesus, o homem que foi resgatar representa o missionário, e as 

pessoas que estavam à margem do rio a igreja. Eu não sei onde 

você se encaixa nesta história, mas reflita nela, pense sobre o que 

você tem feito por quem está lá, na outra ponta da corda!


“Missões se faz com os pés dos que vão, com os joelhos dos que 

oram e com as mãos dos que contribuem”. Não com a filosofia dos 

que discutem.