terça-feira, 30 de novembro de 2010

A escola de Deus


A ESCOLA DE DEUS

Logo que nasci fui matriculado na escola de Deus quando recebi o sacramento do batismo, então me tornei membro de sua família.

Quando tinha idade para cursar o ensino fundamental “catequese”, pra receber Cristo pela primeira vez na Hóstia Consagrada, minha mãe insistia para que eu começasse logo e eu sem querer freqüentar, pois reclamava que o domingo era o único dia que eu tinha livre, mas de tanta insistência acabei aceitando.

Comecei freqüentar muito bem só que no decorrer faltei 2 ou 3 vezes e disseram-me que estas faltas me tirariam da conclusão do ensino.

Nessa primeira prova já larguei os estudos para tristeza de minha mãe. Acabei descobrindo depois que era verdade, mas já era tarde.

No ano seguinte com um pouco mais de amadurecimento, senti de verdade que seria hora de entrar de coração no ensino fundamental.

Pedi então para minha mãe renovar a inscrição, pois desta vez eu estava ciente de minha decisão. Daí em diante comecei a estudar para valer, entrei de cabeça e coração, freqüentava todas as aulas com prazer e satisfação. Com o passar dos dias passei também a freqüentar as festas de Cristo aos domingos que é a Santa Missa.

Em pouco tempo já achava ruim ficar fora da escola de Deus e cada vez mais fui conhecendo e vivendo melhor as normas da escola.

Com o ensino fundamental concluído engajei logo no ensino médio “confirmação - o crisma”. E fui aprofundando cada vez mais minha fé em Cristo. Fiquei na faixa de três anos vestibulando nesta escola de Deus, participei de muitos encontros fora da matriz.

Durante o período de vestibular ganhei muita experiência, conheci muitos amigos em Cristo.

Passando um bom tempo da conclusão do ensino médio, o Crisma e do vestibular, dentro da escola de Deus, ouvi falar da faculdade “MOMENTO DE FÉ”. Resolvi fazer uma visita para conhecer melhor e fui percorrendo na sintonia até encontrar o local exato.

Percebi que é uma benção, mas achei estranho seu método de ensino. Quando entendi a formula nunca mais quis ficar longe. Tenho aprendido demais nela, tenho experimentado a trocar o por que pelo para que. Agradeço mais do que reclamo.

Quem pensa no outro e evangeliza alcança a graça mais rápido, troquei corrente de fé pela unidade de fé, pois sou livre não quero prender ninguém.

No ensino fundamental catequese aprendi a usar o adorar senão a Deus, estou aprendendo a me abandonar em Deus e cada vez mais sinto a recompensa.

O bom da escola de Deus é que você já pode iniciar a faculdade e depois recupera o estudo perdido. Não há tempo certo para começar, ou melhor basta querer, nunca é tarde.

Na escola de Deus não há reprovação, pode haver recuperação nas matérias mal desempenhadas, o que há é desistência por parte do aluno que não aceita ser membro desta abençoada escola. De tanto gostar e viver nessa escola ouço alguns dizerem, pra que viver nessa escola e passar por provação toda hora? É melhor viver distante e sossegado.

Já respondo imediatamente – bem como em outra escola existem as provas para nos testar. Na escola comum é para testar nossos conhecimentos, nossa inteligência. E na escola de Deus é para testar nossa fé, nossa força, nossa perseverança.

Bem eu estou em fase de estagio e pretendo um dia ser um educador e formador de novos membros pra essa abençoada escola.

Se você também é um voluntário dessa escola e busca novos alunos, principalmente aqueles indecisos, seja você também!


LANCEM AS REDES EM AGUAS MAIS PROFUNDAS...

Jesus estava na margem do lago de Genesaré, e a multidão apertava-se ao seu redor para ouvir a palavra de Deus. Jesus viu duas barcas na margem do lago.

Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”.

Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem. Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer . Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados.

Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens”. Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.


SÓ MAIS UM PASSO

Pedro pilotava sobre a cordilheira quando seu pequeno monomotor sofreu uma pane, caindo sobre a montanha de neves eternas.

Embora não tivesse se ferido gravemente, suas pernas apresentaram profundos cortes e sérios ferimentos. Com muito esforço, sentindo fortes dores ele abandonou a cabine do avião destroçado.

Ao constatar a extensão dos ferimentos compreendeu que não teria como sair dali sozinho. Olhou o horizonte em todas as direções e só viu solidão gelada.

Conhecedor da região, entendeu que seu fim estava próximo, pois estava com sérios ferimentos que sofrera nas pernas.

Por um instante sentiu-se tomado de pânico, e pela dor de saber que chegava ao fim de seus dias.

Pensou na família que não tornaria a ver, nos amigos, nas tantas coisas que ainda pretendia realizar e na impotência de não ter a quem pedir socorro.

Depois, já mais conformado, pos-se a pensar nas medidas a tomar. Não havia nada a fazer no sentido de sobrevivência, portanto o mais sensato seria deitar-se na neve, esperar que o torpor causado pelo frio tomasse conta do seu corpo, permitindo que fosse envolvido sem dor pelo manto da morte.

Meu consolo – pensava ele – é saber que minha família não ficará desamparada, meu seguro de vida tem cobertura suficiente para proporcionar subsistência por muito tempo. Menos mal. Felizmente tive o bom senso de estar preparado para uma situação dessas, tão logo seja liberado meu atestado de óbito a companhia de seguros...

Nesse instante Pedro teve um sobressalto. Sua apólice de seguro só seria paga mediante a apresentação do atestado de óbito, ora naquele lugar inacessível, seu corpo jamais seria encontrado. Ele seria dado por desaparecido, não haveria, pois atestado de óbito.

Sua família sofreria muito e passaria por muitas dificuldades. Ele pensou no filhinho.

Apavorado com essa idéia ele pensou: Na primeira tempestade de neve que cair soterrará meu corpo, nunca irão me achar, preciso caminhar até um lugar onde meu corpo possa ser encontrado.

As dores que sentia eram cruciantes, mas sua determinação era maior. Ele sabia que ao pé da cordilheira havia um povoado cujos moradores costumavam aventurar-se até certa altura da montanha para caçar. A distancia era longa, mas ele precisava realizar a última proeza de sua vida: chegar até onde seu corpo pudesse ser encontrado por um caçador, porque seu filhinho necessitava.

Reunindo todas as forças que ainda lhe restavam obrigou-se a ficar em pé. Foi preciso muito esforço para não cair.

Consciente da distancia que teria de percorrer, estabeleceu a meta de dar um passo de cada vez. Jogou um passo a frente e disse – só um passo!

Com extrema dificuldade empurrava a outra perna e repetiu – só mais um passo!
E de novo – só mais um passo!

Concentrando toda sua força apenas no próximo passo estabelecendo uma forte força de vontade através do comando – só mais um passo – ele caminhou quilômetros pela neve, não se permitia pensar na distância que ainda faltava percorrer, ou em sua dificuldade para se locomover, concentrava-se apenas no passo a ser vencido pelo passo seguinte.

A tarde já ia avançando com seus olhos turvos pela dor e pelo cansaço vislumbrara alguns vultos pela frente. Firmou o olhar e percebeu que se tratavam de pessoas que o olhavam admiradas – Agora já posso morrer – pensou. E deixou-se escorregar para o nada.

Dias depois, já no hospital, abriu os olhos e a primeira imagem que viu foi a esposa ao seu lado com o filhinho.

A determinação deste homem valente ressalta a fixação do objetivo – só mais um passo - que lhe proporcionou força e ânimo bastante para vencer a dura prova pela qual passara.


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